13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

mesma, visto que o <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> que se dá no centro das cidades apresenta suas<br />

singularidades e deve ser avaliado mediante a realidade d<strong>os</strong> fat<strong>os</strong> observad<strong>os</strong>.<br />

Assim, no decorrer do texto que compreende este capítulo, estarem<strong>os</strong> discutindo a<br />

cidade, a apropriação do centro pelo viés do setor <strong>informal</strong> e as implicações sobre o<br />

<strong>comércio</strong> propriamente dito, uma vez que buscarem<strong>os</strong> avaliar as primeiras experiências da<br />

categoria no Brasil como o contexto de relações em que estão inserid<strong>os</strong>, mas precisam<strong>os</strong><br />

avaliar que esse conhecimento está em constante renovação na busca de um sentido.<br />

2.1. Características da <strong>informal</strong>idade e do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong><br />

O termo “setor <strong>informal</strong>” foi elaborado de acordo com a OIT (Organização<br />

Internacional do Trabalho) “e utilizado pela primeira vez em 1972, n<strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong> sobre<br />

Gana e Quênia, elaborad<strong>os</strong> no âmbito do Programa Mundial de Emprego” (JAKOBSEN,<br />

2001, p. 13). Porém, desde <strong>os</strong> an<strong>os</strong> sessenta já havia discussões sobre <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> instáveis<br />

e o próprio trabalho <strong>informal</strong> era visto como sinônimo de pobreza, já que o modelo de<br />

modernização era o assalariado (Silva, 2003). Sobre este assunto Jakobsen (2000) aponta<br />

que:<br />

Segundo o Programa Regional de Emprego para a América Latina e<br />

Caribe (PREALC) da OIT, o setor <strong>informal</strong> é comp<strong>os</strong>to por pequenas<br />

atividades <strong>urbana</strong>s, geradoras de renda, que se desenvolvem fora do<br />

âmbito normativo oficial, em mercad<strong>os</strong> desregulad<strong>os</strong> e competitiv<strong>os</strong>, em<br />

que é difícil distinguir a diferença entre capital e trabalho. Estas<br />

atividades se utilizam de pouco capital, técnicas rudimentares e mão-deobra<br />

pouco qualificada, que proporcionam emprego instável de reduzida<br />

produtividade e baixa renda. O setor também se caracteriza pela falta de<br />

acesso a<strong>os</strong> financiament<strong>os</strong> e crédit<strong>os</strong> normalmente disponíveis ao setor<br />

formal e pela baixa capacidade de acumular de capital e riqueza. (p. 13-<br />

14).<br />

Silva (2003) destaca que durante a década de setenta, autores como Machado de<br />

Souza apontaram que a idéia desses trabalhadores informais incorporarem as relações<br />

capitalistas passou a ser alvo de profundas críticas, em virtude, da baixa produtividade.<br />

Para Sant<strong>os</strong> (1978), no final da década de setenta, o termo empregado para designar<br />

a distinção existente entre o <strong>comércio</strong> formal e <strong>informal</strong> está baseado na idéia da formação

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!