13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

embora não seja a única explicação para o fato. Beltrão Sp<strong>os</strong>ito (1997, p. 17) n<strong>os</strong> lembra<br />

bem esta questão quando afirma que “a cidade não é por excelência o lugar de produção,<br />

mas o da dominação.”<br />

Inicialmente tínham<strong>os</strong> as pessoas reunidas num determinado ponto para<br />

comercializarem as mercadorias, visto que “embora muitas tivessem surgido ao redor do<br />

mercado, não se pode dizer que f<strong>os</strong>sem cidades comerciais. O mercado era apenas o sítio<br />

no qual se localizava a cidade. Sua origem era política e religi<strong>os</strong>a” (BELTRÃO SPOSITO,<br />

1997, p. 17). Mesmo assim, devem<strong>os</strong> considerar que:<br />

O processo de absorção da atividade mercantil e sua transformação deuse<br />

paulatinamente nesses aglomerad<strong>os</strong> e decorreu do fato de que mesmo<br />

durante o período de predomínio do modo de produção feudal <strong>os</strong><br />

mercadores e, portanto, o <strong>comércio</strong>, subsistiram, ainda, que eventuais e<br />

restrit<strong>os</strong> [...]. (BELTRÃO SPOSITO, 1997, p. 31)<br />

Yázigi (2000, p. 184) destaca que “por ser uma economia de rua, depende, como é<br />

natural, exclusivamente do espaço público.” Essas colocações n<strong>os</strong> fazem pensar n<strong>os</strong><br />

mercad<strong>os</strong> que polarizavam e atraíam as pessoas favorecendo o contato, que podendo ser<br />

considerado “o lugar das trocas”, evidenciava <strong>os</strong> us<strong>os</strong>. Atualmente, tem<strong>os</strong> esses “lugares”<br />

transformad<strong>os</strong> de acordo com as exigências do sistema capitalista, já que:<br />

As transformações, que historicamente se deram, permitindo a<br />

estruturação do modo de produção capitalista, constituem conseqüências<br />

contundentes do próprio processo de urbanização. A cidade nunca fora<br />

um espaço tão importante, e nem um processo tão expressivo e extenso a<br />

nível mundial, como a partir do capitalismo. (BELTRÃO SPOSITO,<br />

1997, p 30).<br />

A primeira organização das atividades comerciais se deu a partir d<strong>os</strong> mercadores nas<br />

cidades, seguida de uma reestruturação imp<strong>os</strong>ta pelo capitalismo, que permitiu a<br />

(re)produção d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> e das mercadorias de um modo geral. Esta análise dá ênfase às<br />

formas e funções mediatizadas pela lógica do lucro no que tange à constituição e<br />

organização da cidade para o consumo, que como já frisam<strong>os</strong>, é uma estratégia que surge

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!