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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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serviç<strong>os</strong> que foram se (re)alocando na área, sendo <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> cada vez mais disputad<strong>os</strong> de<br />

acordo com <strong>os</strong> interesses do capital, constituindo um nó de ligação, lugar para onde se<br />

converge e, ao mesmo tempo, o local de partida para outras áreas.<br />

A dinâmica do centro envolve uma mistura de us<strong>os</strong> que podem ser compreendid<strong>os</strong> a<br />

partir do consumo de mercadorias, já que a idéia de “ir ao centro” está relacionada à<br />

satisfação ou aquisição de algo, além de ser o lugar da prática cotidiana, que para Carl<strong>os</strong><br />

(2004, p. 47) “se liga de modo inexorável à realização da vida enquanto condição e produto<br />

de relações reais. Mas a produção da vida e do lugar revela sua necessidade de reprodução<br />

continuada”O que Carl<strong>os</strong> discute nestas palavras pode ser interpretado de acordo com as<br />

relações estabelecidas no centro em função d<strong>os</strong> us<strong>os</strong> que caracterizam a convergência d<strong>os</strong><br />

flux<strong>os</strong> revelada por uma reprodução que sistematiza um conjunto de ações e atitudes que<br />

transformam <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> da cidade em mercadorias. No entanto, entendem<strong>os</strong> que as<br />

atividades formais e informais discutidas até o momento no âmbito das estratégias<br />

comerciais podem ser analisadas sob o prisma das práticas socioespaciais.<br />

No caso de Anápolis, o centro continua exercendo um poder concentrador, até<br />

mesmo porque há uma mistura de formas e funções que são características deste, pois a<br />

maior parte do que as pessoas precisam com relação às atividades comerciais e de serviç<strong>os</strong><br />

pode ser encontrada como: <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong>, médico-h<strong>os</strong>pitalares, odontológic<strong>os</strong>,<br />

farmácias, a sede do INSS, serviç<strong>os</strong> de hotelaria, bares e restaurantes, lojas de calçad<strong>os</strong> e<br />

confecções, além de outras atividades indispensáveis no dia a dia das pessoas.<br />

O centro, portanto, é dinâmico e apresenta uma organização que remete à própria<br />

desorganização no sentido d<strong>os</strong> papéis que desempenha na estrutura <strong>urbana</strong>. O ritmo dessa<br />

área expressa o movimento intenso e contínuo de pessoas, como também d<strong>os</strong> veícul<strong>os</strong>,<br />

revelando o potencial concentrador desse espaço em relação às demais áreas da cidade.<br />

Assim, a temática que envolve o <strong>comércio</strong> de rua contém element<strong>os</strong> que fazem parte da<br />

trajetória de constituição do centro da cidade de Anápolis, uma vez que:<br />

[...] a atividade comercial p<strong>os</strong>sui uma importância histórica para<br />

Anápolis e áreas próximas. Nas primeiras décadas do século XX, não<br />

existia uma divisão clara do setor comercial anapolino, <strong>os</strong> comerciantes<br />

realizavam a distribuição local de grandes e pequen<strong>os</strong> volumes atendendo<br />

a demanda interna e regional. Mas, com a dinamização da economia,<br />

após a implantação da ferrovia, <strong>os</strong> comerciantes passaram a se<br />

especializar, <strong>os</strong> atacadistas foram se encarregando da distribuição e

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