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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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pois é um espaço que combina element<strong>os</strong> que estão diretamente associad<strong>os</strong> e submetid<strong>os</strong> ao<br />

mercado imobiliário, além de ser uma área que se identifica com a busca pela satisfação das<br />

necessidades humanas. Contudo, a respectiva autora comenta que:<br />

Produções, investiment<strong>os</strong> traduzem o espaço tornado mercadoria,<br />

mercadoria que entra no mercado, para ser vendida e comprada, que<br />

carrega a realização de interesses econômic<strong>os</strong> cada vez mais atuantes e<br />

significativ<strong>os</strong>, e que realiza além de lucr<strong>os</strong>, rendas, enquanto repasse de<br />

riquezas nacionais, regionais e locais. Cedo, a relação com o público<br />

aparece estreita e grande. A troca ganha lugar, em detrimento do uso, que<br />

cada vez mais ela absorve. (DAMIANI, 2001, p. 122)<br />

Com base na explanação de Carl<strong>os</strong> (2001), tem<strong>os</strong> a seguinte análise sobre a<br />

reprodução socioespacial:<br />

Todavia, o processo de reprodução espacial se articula no plano da<br />

reprodução da vida, o que significa levar em consideração o ponto de<br />

vista do habitante, para quem o espaço se reproduz enquanto lugar onde<br />

se desenrola a vida em todas as suas dimensões – o habitar e tudo que ele<br />

implica e/ou revela. Refere-se àquilo que inclui, mas também àquilo que<br />

foge à racionalidade homogeneizante (imp<strong>os</strong>ta pela sociedade de<br />

consumo), acentuando o diferente – que tem capacidade de engendrar<br />

formas a partir de conteúd<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong> e que se liga à idéia do espaço<br />

apropriado à realização d<strong>os</strong> desej<strong>os</strong>, lugares reapropriad<strong>os</strong> para um outro<br />

uso, cujo caso mais marcante é aquele da rua. (p. 65).<br />

A racionalidade homogeneizante a que se refere a autora pode ser avaliada sob o<br />

aspecto do consumo de massa e que associam<strong>os</strong> também a<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> do espaço, cuja<br />

diferença se faz presente na figura do comerciante “ambulante” com formas diferenciadas<br />

de manifestação de conteúd<strong>os</strong> que qualificam e singularizam a atividade que se liga ao<br />

espaço apropriado a partir da imagem da rua.<br />

Na verdade, o que perturba as pessoas de um modo geral quando se fala de<br />

<strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> é justamente sua incapacidade de fazer com que aquele espaço que<br />

ocupa para desenvolver sua atividade produza lucr<strong>os</strong>, pois a rua, a praça ou mesmo a<br />

calçada contextualizam a imagem do público, diferentemente das atividades produtivas que<br />

se inserem no circuito da troca mediante o pagamento pelo uso do espaço. Assim,

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