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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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fundamental que a “rua” tem nesta situação, já que a imagem do centro de várias cidades<br />

vivencia e experimenta tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias a dinâmica e as estratégias de comercialização d<strong>os</strong><br />

mais variad<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e prestação de serviç<strong>os</strong> que se inserem no rol de atividades que<br />

estão sob o domínio dessas pessoas. Para Martins (1997),<br />

É certamente difícil explicar <strong>os</strong> aconteciment<strong>os</strong> recentes sem o recurso à<br />

história da relação entre o público e o privado na formação do Estado<br />

brasileiro. Basicamente, porque no Brasil a distinção entre o público e o<br />

privado nunca chegou a se constituir, na consciência popular, como<br />

distinção de direit<strong>os</strong> relativ<strong>os</strong> à pessoa, ao cidadão. (p. 21-2).<br />

Como interpretar a prática do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> na área central das cidades? Qual o<br />

verdadeiro sentido dessa apropriação?<br />

De qualquer forma, é preciso destacar que o <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> das ruas existe e<br />

continuará se expandindo, principalmente no que diz respeito à área central das cidades,<br />

pois a incidência d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> permite uma circulação mais acirrada, se comparada às outras<br />

áreas do tecido urbano, embora seja considerável afirmarm<strong>os</strong> que nas grandes cidades e nas<br />

metrópoles, o surgimento de novas <strong>centralidade</strong>s faz com que o centro principal deixe de<br />

exercer seu poder concentrador dispersando as funções para outras áreas. Por outro lado, a<br />

tese que estam<strong>os</strong> tentando apresentar e comprovar neste trabalho está pautada na idéia de<br />

que o centro da cidade de Anápolis tem sua <strong>centralidade</strong> reafirmada diante das formas e<br />

funções que foram se estabelecendo no local reforçando <strong>os</strong> flux<strong>os</strong>, uma vez que a junção<br />

das atividades formais e informais contribui para tal concentração, o que n<strong>os</strong> remete pensar<br />

na dinâmica da reprodução d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> a partir d<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> que se manifestam nas ruas,<br />

praças e calçadas.<br />

Essa apropriação que visa a utilizar um espaço considerado público ocorre devido às<br />

práticas exacerbadas do consumo, pois a generalização e o fetiche da própria mercadoria<br />

criam condições para que tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lugares sejam convertid<strong>os</strong> em “espaç<strong>os</strong> de consumo”.<br />

Falar da apropriação ligada à presença de camelôs e ambulantes nas vias públicas tem uma<br />

relação de “causa e efeito” que n<strong>os</strong> remete pensar na figura destes trabalhadores associada<br />

ao desemprego ou à falta de melhores condições de vida. Mas, será que tod<strong>os</strong> que se<br />

encontram nesse patamar fazem parte de um mesmo esquema? Por isso é que levantam<strong>os</strong> o<br />

questionamento do “verdadeiro sentido” da categoria d<strong>os</strong> informais, pois o processo é<br />

amplo e envolve inúmeras interpretações sobre o assunto. Mesmo assim, fazem parte da

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