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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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países, demonstrando a forte presença do imigrante. (ORTIGOZA, 2001,<br />

p. 49)<br />

Tais afirmações n<strong>os</strong> remetem pensar no que já foi comentado anteriormente sobre o<br />

crescimento vertigin<strong>os</strong>o das cidades mediante o processo de migração campo-cidade que<br />

também levou à migração entre as cidades. A figura do camelô e ambulante é específica de<br />

alguém que quer chamar a atenção d<strong>os</strong> consumidores para vender suas mercadorias e<br />

muit<strong>os</strong> até se fantasiam para atrair as pessoas, manifestando nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> do espaço,<br />

representando uma outra face do <strong>comércio</strong>, como destaca Ortigoza (2001). Dentro desse<br />

quadro não podem<strong>os</strong> ignorar a presença forte e marcante dessa categoria no e do centro e é<br />

neste contexto que inserim<strong>os</strong> a dinâmica desses trabalhadores na área central a partir de<br />

nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> e manifestações do e no espaço. Assim, quando se questiona a exclusão do<br />

lugar podem<strong>os</strong> apontar a idéia que se faz do centro ou do que deveria ser feito na opinião de<br />

muit<strong>os</strong>, que é aquela que destaca o planejamento da área para que não ocorra a apropriação<br />

por parte d<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> camelôs e ambulantes. Assim:<br />

Muitas vezes <strong>os</strong> pobres sujeitam-se às normas globais, mas em outras<br />

eles reagem invadindo prédi<strong>os</strong>, executando saques, realizando<br />

manifestações. Outras vezes ainda eles se articulam ao processo global,<br />

criando mecanism<strong>os</strong> de sobrevivência. É esse o cotidiano do centro.<br />

(ORTIGOZA, 2001, p. 49).<br />

A articulação a que se refere a autora pode ser compreendida no contexto da<br />

manifestação d<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> do espaço atrelad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> comerciantes informais, pois a sua<br />

presença nas vias públicas é que faz o diferente, é o que podem<strong>os</strong> apontar como um novo<br />

espaço de consumo, embora autores como Martins (2003) ressaltem que essa categoria de<br />

trabalhadores faz parte de um cenário que envolve o falso problema da exclusão social e a<br />

inclusão marginal, uma vez que:<br />

Está se criando de novo no mundo uma espécie de sociedade de tipo<br />

feudal: as pessoas estão separadas por estament<strong>os</strong>, categorias sociais<br />

rígidas que não oferecem alternativas de saída. O estamento d<strong>os</strong><br />

excluíd<strong>os</strong> reproduz, degradadas, as formas próprias, conspícuas, do outro<br />

estamento; o tênis de qualidade inferior do adolescente pobre reproduz o<br />

tênis sofisticado do adolescente rico. Faz do mundo do excluído um<br />

mundo mimético, de forma que ganham vida no lugar da substância. É o<br />

mundo do imaginário, da consciência fantasi<strong>os</strong>a e manipulável. Engana.

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