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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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alguém que se encontra nessa condição vende o lugar que lhe foi concedido para trabalhar.<br />

A exemplo disto tem<strong>os</strong> situações em que venderam ou alugaram o boxe (ou a banca) para<br />

outr<strong>os</strong>, o que significa a dominação através da propriedade privada de um espaço que é<br />

público. Assim, por fazer uso desses espaç<strong>os</strong>:<br />

Não pagam aluguéis mas apenas taxas municipais praticamente<br />

simbólicas, quando são legalizad<strong>os</strong>. Nesta territorialidade, caracteriza-se<br />

ainda, em variad<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, por nomadism<strong>os</strong> conforme o calendário de<br />

event<strong>os</strong>, deslocam-se para onde há concentração de pessoas, conforme o<br />

horário de entrada-saída: jog<strong>os</strong> de futebol, escolas, cult<strong>os</strong>, etc. Em alguns<br />

cas<strong>os</strong> há continuidade noturna. Estes são <strong>os</strong> genuín<strong>os</strong> ambulantes.<br />

(YÁZIGI, 2000, p. 184).<br />

Para muit<strong>os</strong> que vivem do <strong>comércio</strong> dito formal, nem sempre retirá-l<strong>os</strong> das vias<br />

públicas é a melhor solução para a questão, pois atraem uma clientela que por ser<br />

diversificada também permite que o consumo se diversifique na imagem do diferente,<br />

daquilo que vim<strong>os</strong> discorrendo como sendo “nov<strong>os</strong> espaço de consumo”. Na verdade,<br />

quando levantam<strong>os</strong> o questionamento sobre o que é formal e <strong>informal</strong> na relação do público<br />

com o privado, buscam<strong>os</strong> tecer uma análise que contempla a constatação de que a<br />

organização e a apropriação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> são controladas por redes que <strong>os</strong> comandam e<br />

dominam, isto é, são mais uma vez espaç<strong>os</strong> de dominação para a reprodução do capital.<br />

Para Yázigi (2000) ocorre o seguinte:<br />

Sabe-se que mesmo a distribuição legal de pont<strong>os</strong> passa, grandemente,<br />

pelo controle d<strong>os</strong> grup<strong>os</strong> organizad<strong>os</strong>. Pelo tipo de permissão que têm,<br />

não fornecem notas fiscais ou garantias de produto por escrito. Entre <strong>os</strong><br />

clandestin<strong>os</strong> a garantia é mais impensável ainda. Apenas alguns<br />

ambulantes, por serem considerad<strong>os</strong> um tipo de <strong>comércio</strong> tradicional,<br />

emitem notas e pagam ICMS. Seus preç<strong>os</strong> são normalmente mais baix<strong>os</strong><br />

e seus produt<strong>os</strong> considerad<strong>os</strong> de segunda linha, isto é, usualmente fals<strong>os</strong>.<br />

(p. 184).<br />

As administrações públicas, por sua vez, sabem e reconhecem que o <strong>comércio</strong> de<br />

rua é uma situação que não tende a desaparecer, portanto, algumas soluções como a<br />

construção de camelódrom<strong>os</strong> e mais freqüentemente, <strong>os</strong> shopping populares foram criadas<br />

para amenizar <strong>os</strong> problemas. Sobre o espaço público Yázigi (2000) destaca que:

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