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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Se tomarm<strong>os</strong> como parâmetro tod<strong>os</strong> esses apontament<strong>os</strong> sobre <strong>os</strong> níveis de<br />

constituição da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> podem<strong>os</strong> perceber que tod<strong>os</strong> estão relacionad<strong>os</strong>, pois se<br />

avaliarm<strong>os</strong> a <strong>centralidade</strong> múltipla, ela se confirma a partir do momento em que o centro<br />

deixa de ser único e novas áreas aparecem como centrais. Essa <strong>centralidade</strong> múltipla<br />

também pode ser cambiante, pois há atividades comerciais e de serviç<strong>os</strong> que funcionam<br />

durante o dia, enquanto que outras têm seu desfecho no período noturno. Contudo, se novas<br />

áreas surgem no interior das cidades e concentram funções que várias pessoas buscam,<br />

inclusive de outras cidades acabam por criar uma complexidade de relações entre <strong>os</strong> flux<strong>os</strong><br />

que se estabelecem, além da dinâmica d<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> equipament<strong>os</strong> comerciais e de serviç<strong>os</strong>,<br />

que procuram estar localizad<strong>os</strong> em pont<strong>os</strong> de fácil acesso e pouco povoado 32 , favorecendo o<br />

que podem<strong>os</strong> chamar de segmentação socioespacial quanto à clientela dessas áreas.<br />

Para Lefebvre (1972):<br />

A la policentralidad, a la omni-centralidad, a la ruptura del centro, a la<br />

disgregación, tendencia orientable, ya sea hacia la constitución de<br />

diferentes centr<strong>os</strong> (aunque análog<strong>os</strong>, eventualmente complementari<strong>os</strong>),<br />

ya sea hacia la dispersión y la segregación. 33 (p. 126).<br />

Castells (1972) analisa essa situação do surgimento de novas áreas que imbricam a<br />

<strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> da seguinte maneira:<br />

A problemática da <strong>centralidade</strong> coroa as utopias urbanísticas e teorias da<br />

cidade. Ela conota a questão-chave das relações e articulações entre <strong>os</strong><br />

element<strong>os</strong> da estrutura <strong>urbana</strong>, mas, investida inteiramente pela<br />

ideologia, ela tende a tornar-se o revelador mais seguro da concepção das<br />

relações cidade/sociedade subjacente à análise. (p. 271).<br />

Buscam<strong>os</strong> elencar também a idéia de <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> na visão de Frúgoli Jr.<br />

(2000) que avalia esse processo na metrópole de São Paulo dizendo que:<br />

32 Isto acontece devido à falta de espaço no centro propriamente dito, pois esses aparelh<strong>os</strong> comerciais e de<br />

serviç<strong>os</strong> precisam de grandes áreas para se localizarem e em função também do preço do solo urbano, já que<br />

muit<strong>os</strong> destes foram surgiram em áreas que passaram por um processo de valorização após a respectiva<br />

instalação.<br />

33 “A poli<strong>centralidade</strong>, a <strong>centralidade</strong>, a ruptura do centro, a separação, tendência orientável, em direção à<br />

constituição de diferentes centr<strong>os</strong> (ainda que análog<strong>os</strong>, eventualmente complementári<strong>os</strong>, em direção à<br />

dispersão e à segregação).” (Tradução do texto do autor)

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