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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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O que faz com que classifiquem<strong>os</strong> Anápolis como uma cidade de médio porte?<br />

Podem<strong>os</strong> considerar apenas o número de habitantes? De acordo com Sant<strong>os</strong> (1994)<br />

O autor pr<strong>os</strong>segue dizendo que:<br />

Destacando que:<br />

[...] as cidades de médio porte passam a acolher maiores contingentes de<br />

classes médias, um número crescente de letrad<strong>os</strong>, indispensáveis a uma<br />

produção material, industrial e agrícola, que se intelectualiza. Por isso<br />

assistim<strong>os</strong>, no Brasil, a um fenômeno paralelo de metropolização e de<br />

desmetropolização, pois ao mesmo tempo crescem cidades grandes e<br />

cidades médias, <strong>os</strong>tentando ambas as categorias incremento demográfico<br />

parecido, por causa em grande parte do jogo dialético entre a criação de<br />

riqueza e de pobreza sobre o mesmo território. As cidades entre 20.000 e<br />

500.000 habitantes vêem sua população total passar de cerca de sete<br />

milhões em 1950 para perto de 38.000.000 em 1980, enquanto as cidades<br />

com mais de um milhão de habitantes passam de seis milhões e meio em<br />

1950 para 29.000.000 de residentes em 1980. (p. 55).<br />

Os decêni<strong>os</strong> mais recentes marcam uma aceleração no crescimento das<br />

taxas de urbanização em todas as regiões, mas sobretudo no Centro-<br />

Oeste, que em 1980 (com cerca de 68%) ultrapassa de muito o índice<br />

nacional de urbanização (55, 9%), situação que é, também, a das Regiões<br />

Sudeste (sempre na dianteira) e Sul. Tanto o Norte quanto o Nordeste<br />

têm uma urbanização menor que o País como um todo. A distância entre<br />

<strong>os</strong> índices regionais de urbanização, mínima em 1940, vai acentuando-se<br />

a partir do pós-guerra, para se tornar bem marcada com a modernização<br />

do território nacional (sobretudo após 1970). O caso do Centro-Oeste<br />

merece uma observação particular. Essa, era em 1940, 1950 e 1960, a<br />

região men<strong>os</strong> urbanizada do País e a partir de 1970 ganha o segundo<br />

lugar nessa classificação, precedida apenas pelo Sudeste. Quanto ao Sul,<br />

que nesses term<strong>os</strong> ainda era ligeiramente ultrapassado pelo Norte em<br />

1960, conhece, a aceleração do seu crescimento urbano n<strong>os</strong> dois decêni<strong>os</strong><br />

seguintes. Considerando o volume de população <strong>urbana</strong>, o crescimento<br />

relativo entre 1960 e 1980 é maior no Centro-Oeste e no Norte que nas<br />

outras três Grandes Regiões, sendo que no Nordeste e no Sudeste esse<br />

crescimento é menor que no País considerado em conjunto. (SANTOS,<br />

1994, p.58).<br />

Em 1940, apenas seis Estad<strong>os</strong> dispunham de cidades com população<br />

entre 100 mil e 200 mil moradores; em 1980, elas existem em 15<br />

unidades da Federação, e, em 1996, em vinte Estad<strong>os</strong>. Tomando-se as<br />

localidades com população entre 200 mil e 500 mil habitantes, elas<br />

estavam presentes em apenas três estad<strong>os</strong> em 1940 e se encontram em<br />

1980 em 16 estad<strong>os</strong> e em 17 em 1996. (SANTOS, 2001, p. 205)

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