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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Tendencialmente o espaço produzido enquanto mercadoria entra no<br />

circuito da troca, atrai capitais que migram de um setor da economia para<br />

outro de modo a viabilizar a reprodução. Nesse contexto, o espaço é<br />

banalizado, explorado, e as p<strong>os</strong>sibilidades de ocupá-lo são sempre<br />

crescentes, o que explica a emergência de uma nova lógica associada a<br />

uma nova forma de organização, fragmentando o espaço vendido em<br />

pedaç<strong>os</strong> e, com isso, tornando <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> trocáveis a partir de operações<br />

que se realizam através e no mercado. Deste modo, o espaço é produzido<br />

e reproduzido enquanto mercadoria reprodutível. (CARLOS, 2001, p. 66)<br />

Esta é a lógica da revitalização d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> centrais tornando-<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong><br />

apropriad<strong>os</strong> pelas leis do mercado imobiliário e que beneficiam <strong>os</strong> capitalistas “urban<strong>os</strong>”,<br />

pois “impõe não apenas mod<strong>os</strong> de apropriação, mas comportament<strong>os</strong>, gest<strong>os</strong>, model<strong>os</strong> de<br />

construção que excluem-incluem. Produz a especialização d<strong>os</strong> lugares, determina e<br />

direciona <strong>os</strong> flux<strong>os</strong>” (CARLOS, 2001, p. 67) Ainda, para Carl<strong>os</strong> (2001),<br />

O ritmo da mudança marca a duração das formas da cidade (sua<br />

morfologia), como conseqüência do desenvolvimento da técnica, deve<br />

ser relativizado. A técnica em si não explica a duração das formas; esta<br />

deve ser analisada em função do ritmo do processo de reprodução do<br />

espaço urbano, preso às dimensões sociais de persistências, resistências<br />

e mudanças promovidas pelo processo de reprodução da cidade, pelas<br />

mudanças nas funções e n<strong>os</strong> mod<strong>os</strong> de apropriação, vinculadas à divisão<br />

social e ao movimento das estratégias d<strong>os</strong> agentes produtores do espaço.<br />

(p. 49).<br />

Essa absorção do uso pela troca revela a intensidade das novas formas comerciais<br />

que geram novas modalidades de trabalho que podem ser remetidas à análise da criação das<br />

diferenças e da complexidade que caracteriza o centro como espaço das contradições<br />

através d<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> interesses manifestad<strong>os</strong> no tempo e no espaço. Sant<strong>os</strong> (2002) n<strong>os</strong><br />

m<strong>os</strong>tra que:<br />

Todavia, o objeto existe geograficamente em um lugar e, no momento em<br />

que nele se instala, ganha uma outra certidão de idade. O fato da inserção<br />

em um determinado meio é diferente do fato de existir de forma absoluta<br />

como p<strong>os</strong>sibilidade de geografização ainda não realizada. Por exemplo,<br />

um edifício de quarenta andares tem uma idade, que é a idade do<br />

primeiro objeto de quarenta andares construído no mundo ou país. Mas<br />

esse edifício também terá uma idade num lugar A ou B, exatamente em<br />

função do momento em que foi construído nesse meio. Na realidade,<br />

haveria diversas idades para cada um e para tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> objet<strong>os</strong>: o momento

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