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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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transferência e concentração de renda em benefício d<strong>os</strong> banqueir<strong>os</strong>, das<br />

grandes empresas e d<strong>os</strong> especuladores em geral; baixo índice de<br />

investiment<strong>os</strong> nas atividades produtivas insuficientes para expandir a<br />

produção, aumentar o número de empreg<strong>os</strong> e proporcionar melhorias<br />

salariais; a maioria da população economicamente ativa não estava<br />

qualificada para o trabalho, comprometendo o seu desempenho como<br />

profissionais e como cidadã<strong>os</strong>. Havia, portanto, um elevado nível de<br />

desemprego, em grande parte disfarçado no subemprego e na economia<br />

<strong>informal</strong>, numer<strong>os</strong><strong>os</strong>, numer<strong>os</strong><strong>os</strong> contingentes de miseráveis-desp<strong>os</strong>ad<strong>os</strong><br />

e absolutamente marginalizad<strong>os</strong> da vida brasileira. (p.139).<br />

De acordo com o pensamento da referida autora, a problemática d<strong>os</strong> períod<strong>os</strong> em<br />

que o país passou por crises desencadeou a busca por alternativas para <strong>os</strong> trabalhadores<br />

superarem <strong>os</strong> problemas ligad<strong>os</strong> ao desemprego. Embora o Brasil tenha apresentado índices<br />

de superávit da balança comercial, n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>:<br />

Para Lefèbvre (1999):<br />

Quase sempre <strong>os</strong> que mais têm trabalhado, e nas atividades mais duras,<br />

têm sido também <strong>os</strong> que têm recebido menor parcela da riqueza<br />

produzida igualmente nunca fez parte das prioridades nacionais a<br />

ampliação e eficiência d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> na área social, uma forma<br />

indireta de remuneração para a classe trabalhadora. Assim, o Brasil chega<br />

ao final do século XX e início do século XXI, situado entre <strong>os</strong> países de<br />

renda mais mal distribuídas do mundo, apesar do seu potencial<br />

econômico. (COSTA, p. 140).<br />

Os element<strong>os</strong> da sociedade capitalista chegam na história, exteriores uns<br />

a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong>: o solo, o proprietário, a natureza - o trabalho, <strong>os</strong> trabalhadores<br />

desvinculad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> de produção – o capital, o dinheiro em busca do<br />

lucro, o capitalista, a burguesia. Os trabalhadores? Foram inicialmente<br />

vagabund<strong>os</strong>? O dinheiro? Ele provém do <strong>comércio</strong>. O proprietário? Ele<br />

foi o senhor? A sociedade (burguesa) retoma esses element<strong>os</strong> que ela<br />

recebe separadamente; desenvolve-<strong>os</strong>, mede-<strong>os</strong>, reúne-<strong>os</strong>, numa unidade:<br />

a produção ampliada, o sobretrabalho global, a mais-valia na escala da<br />

sociedade inteira (e não naquela da empresa, do capitalista ou do<br />

proprietário isolad<strong>os</strong>). Mas as antigas diferenças reaparecem; elas se<br />

tornam em parte ilusórias, em partes reais. As categorias de população,<br />

classes e frações de classes, não sabem que participam da produção da<br />

mais-valia, da sua realização, de sua distribuição; elas se vêm ainda como<br />

distintas, o trabalhador recebendo o preço de seu trabalho (o salário), o<br />

proprietário recebendo antecipadamente o aluguel da terra que lhe<br />

pertence e o capitalista recebendo o fruto (lucro) de seu capital produtivo.<br />

(p. 34-5).

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