13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Dessa forma tem<strong>os</strong> que:<br />

A relação entre centro e <strong>centralidade</strong> é inexorável, como a distinção entre<br />

esses conceit<strong>os</strong> faz-se necessária. Amb<strong>os</strong> se definem através de<br />

dinâmicas propulsionadas por determinantes objetivas, como as<br />

p<strong>os</strong>sibilidades de mercado dadas por uma localização qualquer, mas, por<br />

outro lado, resultam também de determinantes subjetivas, definidas<br />

através d<strong>os</strong> conteúd<strong>os</strong> simbólic<strong>os</strong> produzid<strong>os</strong> historicamente ou de sign<strong>os</strong><br />

forjad<strong>os</strong> pelas lógicas de mercado. A cada nova localização de atividades<br />

que gera e exige concentração, há uma redefinição da <strong>centralidade</strong> que<br />

resulta do que muda em relação com o que permanece, no plano<br />

territorial e no plano das representações que se constroem sobre o espaço<br />

urbano e suas áreas centrais. (BELTRÃO SPOSITO, 2001, p. 238).<br />

É fundamental associarm<strong>os</strong> esses apontament<strong>os</strong> a respeito das localizações que<br />

geram concentração e que redefinem o paradigma da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> no sentido das<br />

mudanças e permanências em relação à área central, uma vez que há situações cujas<br />

transformações se dão apenas n<strong>os</strong> us<strong>os</strong> evidenciad<strong>os</strong> e marcad<strong>os</strong> por uma condição que,<br />

ainda, lhe é própria, ou seja, há cidades em que a área central expressa a <strong>centralidade</strong> que<br />

permite afirmar que concentra formas e funções num processo histórico que gera e sustenta<br />

esta condição através da combinação de fatores que caracterizam o que destacam<strong>os</strong> como<br />

<strong>centralidade</strong> principal, embora, a cidade em si apresentar-se como um espaço descontínuo e<br />

fragmentado, pois as diversas formas de uso do solo urbano estão marcadas pela própria<br />

fragmentação, já que <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> reservad<strong>os</strong> ao uso residencial encontram-se afastad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

espaç<strong>os</strong> em que predominam as atividades econômicas cuja:<br />

Principal característica que importa sublinhar na cidade fragmentada é a<br />

existência de enclaves, o caráter pontual de implicações que introduzem<br />

uma diferença brusca em relação ao tecido que as cerca, seja um centro<br />

comercial numa periferia rural ou um condomínio de luxo no meio de um<br />

bairro popular. Desta característica resulta a existência de rupturas entre<br />

tecid<strong>os</strong> justap<strong>os</strong>t<strong>os</strong> as quais substituem a continuidade anterior.<br />

(SALGUEIRO, 1998, p. 41).<br />

Para analisarm<strong>os</strong> as mudanças no uso do solo urbano quanto à formação de novas<br />

<strong>centralidade</strong>s, discutim<strong>os</strong> também a questão da mobilidade e da acessibilidade nas cidades,<br />

pois como afirma Gottdiener (1993), “a vida tornou-se portátil”, ou seja, as formas de<br />

deslocamento p<strong>os</strong>sibilitaram as pessoas se mobilizarem mediante temp<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong> e<br />

formas de deslocamento também diferenciadas.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!