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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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permeiam o local com suas singularidades, e a estrutural marcada por context<strong>os</strong> polític<strong>os</strong><br />

que marcam a organização do país.<br />

Tem<strong>os</strong>, de um lado, uma discussão que está ligada à busca de soluções para <strong>os</strong><br />

comerciantes de rua, afirmando que não há como impedi-l<strong>os</strong> de continuar existindo e se<br />

proliferando e, de outro, a questão d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> estarem se transformando num<br />

palco de espetácul<strong>os</strong> generalizado pela mercadoria, pela apropriação do espaço que<br />

combina necessidade e consumo.<br />

Para Carl<strong>os</strong> (2001), a rua tem uma dimensão lúdica e de contat<strong>os</strong> contínu<strong>os</strong><br />

basead<strong>os</strong> n<strong>os</strong> intercâmbi<strong>os</strong> e na troca , assim, “ruas vazias nas áreas centrais ou regiões de<br />

renda média ou alta, ruas cheias nas periferias vão marcando o modo como se realizam <strong>os</strong><br />

at<strong>os</strong> de apropriação” (CARLOS, 2004, p. 141). O que a autora destaca pode ser<br />

interpretado a partir do que consideram<strong>os</strong> como sendo uma <strong>centralidade</strong> cambiante de<br />

acordo com as estratégias do capital, já que as pessoas de classe média ou alta se apropriam<br />

d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> cuj<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> se redimensionam no tempo e no espaço, pois determinadas áreas<br />

no interior das cidades apresentam flux<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong> entre si.<br />

O centro pode ser visto como um exemplo de ruas cheias a que se refere Carl<strong>os</strong>,<br />

pois tais flux<strong>os</strong> são intens<strong>os</strong> no período do dia, enquanto que à noite é a fluidez que<br />

comanda essa área em função de outras áreas atrativas que também são apropriadas por<br />

facetas diferenciadas, dando ênfase à segmentação socioespacial. Como exemplo disso<br />

podem<strong>os</strong> considerar <strong>os</strong> shopping centers à noite, que passam a atrair a população que<br />

durante o dia estava no centro influenciada pelo horário comercial, enquanto que a área<br />

central torna-se atrativa para o encontro de gangs, e principalmente, para a prática da<br />

pr<strong>os</strong>tituição.<br />

Os nov<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> de circulação permitem a constituição de novas <strong>centralidade</strong>s<br />

<strong>urbana</strong>s, porém no caso de Anápolis o centro, mesmo apresentando formas de apropriação<br />

diferenciadas em virtude do tempo e da condição social de cada indivíduo permite o<br />

restabelecimento da <strong>centralidade</strong> de acordo com <strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que expressam a importância da<br />

área no contexto da relação centro-periferia.<br />

Ele, como destaca Ortigoza, (2001, (p. 57) associa formas comerciais populares<br />

criando “neste espaço padrões e normas de consumo bastante específicas”. Porém se<br />

vivem<strong>os</strong> numa sociedade de classes cujo espaço é tido como produto social, as reproduções

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