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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Para Trindade Jr. (2001) a correlação existente de forças entre <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> agentes<br />

do espaço urbano está associada ao fato de que:<br />

É necessário que se perceba uma preocupação em enfatizar uma a<br />

importância da abordagem espacial d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> sociais, de uma<br />

maneira dialeticamente articulada, e em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> níveis da realidade<br />

social, inclusive no âmbito local, onde a dimensão da espacialidade<br />

parece ter sido muitas vezes negligenciada e até mesmo anulada. (p.<br />

151).<br />

Ainda, para o autor, a instrumentação do espaço na visão de Lefèbvre ocorre:<br />

Não somente nas escalas relacionadas às macro-estruturas, como também<br />

n<strong>os</strong> níveis mais singulares da vida humana; daí sua elaboração de que o<br />

capitalismo só conseguiu sobreviver porque produziu um espaço para si,<br />

um espaço abstrato que se reproduz em níveis diferenciad<strong>os</strong>. Falar, então,<br />

de uma economia política do espaço pressupõe considerar uma teoria<br />

mais ampla, aquela da produção do espaço, em que se fala de um espaço<br />

construído, produzido socialmente, e não deste ou daquele objeto no<br />

espaço. Dessa forma, na instrumentalização da existência capitalista, <strong>os</strong><br />

element<strong>os</strong> sociais, com suas dimensões espaciais inerentes, são prenhes<br />

de valor de troca e de uso, e entram no circuito da mercadoria, a saber,<br />

produção-distribuição-consumo. (TRINDADE JR., 2001, p. 152)<br />

Entretanto, não podem<strong>os</strong> desvincular esses apontament<strong>os</strong> da idéia central do<br />

assunto que estam<strong>os</strong> discutindo e que se refere ao centro como um espaço, que além de ser<br />

uma mercadoria, assegura, p<strong>os</strong>sibilita e desencadeia uma série de ações que podem ser<br />

sentidas pela multifuncionalidade, pela presença marcante do <strong>comércio</strong>, d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong>, da<br />

oportunidade, do passeio, do ir e vir, d<strong>os</strong> encontr<strong>os</strong> e desencontr<strong>os</strong>. Na verdade, o cenário<br />

que verificam<strong>os</strong> no centro é o da mercadoria como um mecanismo que dá forma a<strong>os</strong><br />

moviment<strong>os</strong>, cujo público e o privado interagem como espaç<strong>os</strong> atrativ<strong>os</strong>.<br />

As práticas espaciais e sociais do e no centro revelam o tempo 45 de cada um, mas o<br />

encontro ainda é p<strong>os</strong>sível na figura do consumidor que ao adquirir um objeto se relaciona<br />

45 É p<strong>os</strong>sível talvez falarm<strong>os</strong> de um tempo diferenciado para aqueles que vivem na metrópole e aqueles que<br />

vivem em cidades de médio porte onde estarem<strong>os</strong> desenvolvendo n<strong>os</strong>sas análises de forma que essas<br />

informações revelem a prop<strong>os</strong>ta de trabalho a que n<strong>os</strong> propusem<strong>os</strong>, visto que o tempo destinado ao consumo e<br />

lazer é diferenciado quanto às formas de deslocamento e as preferências pel<strong>os</strong> locais onde consumir. Muit<strong>os</strong><br />

autores afirmam que nas cidades médias, o contato com o outro se dá de maneira mais superficial, o que não<br />

acontece nas metrópoles, cujo próprio trânsito propicia o encontro mesmo que seja não haja o diálogo entre si.

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