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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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atrair atividades com maior conteúdo” (SANTOS, 2001, p. 264), como também o consumo<br />

atrelado à imagem do centro, propriamente dito, já que o consumidor específico é o sujeito<br />

das ações que estão atreladas a esses espaç<strong>os</strong>. É um jogo de interesses que cria um<br />

simulacro de situações, cuj<strong>os</strong> objet<strong>os</strong> são apreciad<strong>os</strong> a partir da ideologia do consumo a que<br />

Lefèbvre (1991) se reporta no livro A vida cotidiana no mundo moderno .Contudo, para<br />

Vieira (2002):<br />

É evidente que a Geografia do Consumo tem se ocupado,<br />

prioritariamente, do estudo do consumo enquanto relacionado com<br />

mercadorias tradicionais, vale dizer que, aquelas que habitualmente se<br />

voltam para a satisfação de necessidades ou desej<strong>os</strong>. O espaço visto<br />

como produto, não guarda as mesmas características deste tipo de<br />

mercadoria, no entanto, a análise teórica que se pretende fazer permite<br />

utilizar <strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong> de pelo men<strong>os</strong> uma parte d<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> nesta<br />

área a fim de avançar para uma discussão nova: a mercantilização do<br />

espaço. (p. 236).<br />

O consumo do e no centro representa a idéia de uma prática que registra a imagem<br />

que o lugar apresenta para o consumidor, pois algumas pesquisas vêm registrando que o<br />

centro principal e tradicional agrupa um <strong>comércio</strong> men<strong>os</strong> sofisticado, se comparado às<br />

novas áreas que foram surgindo e que comportam nov<strong>os</strong> equipament<strong>os</strong> comerciais e de<br />

serviç<strong>os</strong> relacionad<strong>os</strong>, ainda, às novas estratégias de localização. Houve, de fato, uma<br />

popularização das atividades e, isto, pode ser observado pela presença marcante das lojas<br />

que vendem mercadorias com preç<strong>os</strong> de R$1,99. É o quantitativo que se sobressai ao<br />

qualitativo, uma vez que a emergência de atrativ<strong>os</strong> que chamam a atenção do consumidor<br />

faz parte das estratégias do consumo em massa. Essa análise não quer dizer que o centro<br />

tornou-se estático quando da sua constituição como lugar potencializador da reprodução<br />

das forças produtivas. O que buscam<strong>os</strong> apontar é que a elite de algumas cidades brasileiras<br />

não deixou de consumir totalmente no centro, embora este assunto necessite de uma<br />

investigação mais pormenorizada do perfil do consumidor da área central. Sobre esse<br />

aspecto Ortigoza (2001) afirma que:<br />

[...] n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 70 o mundo foi ofuscado por uma onda de fervor<br />

mecanicista e tecnológico 49 que atingiu toda e qualquer atividade<br />

49 Esta idéia do tecnológico também pode ser associada à ampliação do número de cartões de crédito<br />

circulando pel<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> comerciais a fim de favorecer e incentivar o hábito do consumo, já que é uma

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