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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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circulam nesses espaç<strong>os</strong> atreladas às mercadorias que ficam exp<strong>os</strong>tas nas vias d<strong>os</strong><br />

pedestres. (Ortigoza, 2001).<br />

Tod<strong>os</strong> poderiam pensar o por quê d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes não se fixarem de vez<br />

n<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> que são construíd<strong>os</strong> para eles, no caso estam<strong>os</strong> falando d<strong>os</strong> camelódrom<strong>os</strong> e<br />

também d<strong>os</strong> shopping populares, ao contrário, buscarem <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>. A resp<strong>os</strong>ta<br />

imediata para a indagação está no fato do potencial gerador de flux<strong>os</strong> que as ruas centrais<br />

p<strong>os</strong>suem quanto a<strong>os</strong> atrativ<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> para que as mercadorias sejam comercializadas<br />

rapidamente, visto que muitas vezes a localização d<strong>os</strong> respectiv<strong>os</strong> camelódrom<strong>os</strong> e outras<br />

formas destinadas a estes segment<strong>os</strong> não contempla as aspirações daqueles que precisam<br />

garantir a sobrevivência na cidade grande.<br />

É preciso questionar também que as medidas que são tomadas de forma<br />

generalizada para sanar <strong>os</strong> problemas ligad<strong>os</strong> ao fenômeno do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> de rua<br />

não podem ser aplicadas a toda e qualquer realidade, pois cada lugar expressa uma<br />

singularidade que precisa ser levada em consideração, até mesmo por ser necessário avaliar<br />

as experiências contidas nesses espaç<strong>os</strong>, que vai além do vivido e que toma como ponto as<br />

relações socioespaciais. Carl<strong>os</strong> (1996), mais uma vez, aponta para o seguinte sobre a rua:<br />

E pr<strong>os</strong>segue dizendo:<br />

Podem<strong>os</strong> afirmar que a vida aí é inesgotavelmente rica e plena de energia<br />

- é o nível do vivido. Na rua encontra-se não só a vida mas <strong>os</strong> fragment<strong>os</strong><br />

de vida, é o lugar onde o homem comum aparece como vítima, ora como<br />

figura intransigente e subversiva. (p. 85).<br />

Finalmente na rua se tornam claras as formas de apropriação do lugar e<br />

da cidade, e é aí que afloram as diferenças, e as contradições que<br />

permeiam a vida cotidiana, bem como as tendências de homogeneização<br />

e normatização imp<strong>os</strong>tas pela estratégia do poder que subordina o social.<br />

(CARLOS, 1996, p. 86).<br />

Os apontament<strong>os</strong> levantad<strong>os</strong> pela autora podem ser relacionad<strong>os</strong> às práticas<br />

realizadas pel<strong>os</strong> camelôs e ambulantes no contexto da atuação nas ruas, pois há uma<br />

tendência por parte do poder público e privado em estabelecer normas para <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong>

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