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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Assim:<br />

a constante dinâmica de reestruturação das cidades brasileiras. A<br />

multiplicação de áreas de concentração de atividades comerciais e de<br />

serviç<strong>os</strong> revela-se através de nova espacialização <strong>urbana</strong>, permitindo-n<strong>os</strong><br />

identificar o conceito de centro prevalentemente à dimensão espacial da<br />

realidade. Em outras palavras, o reconhecimento da multiplicação de<br />

áreas centrais de diferentes importâncias e papéis funcionais pode se dar<br />

através da observação da localização das atividades comerciais e de<br />

serviç<strong>os</strong>. (p. 238).<br />

Se o centro pode ser delimitado, a partir de critéri<strong>os</strong> que estabeleçam níveis<br />

de densidade de atividades comerciais e de serviç<strong>os</strong>, por exemplo, a<br />

<strong>centralidade</strong> não está contida em limites, porque ela pode se expressar no<br />

nível intra-urbano, não se define apenas pela escala e pode mudar, no<br />

tempo e no espaço, de forma muito rápida. (BELTRÃO SPOSITO, 2004, p.<br />

276-7).<br />

De acordo com todas essas considerações devem<strong>os</strong> avaliar que enquanto o centro é<br />

a manifestação das formas e funções, a <strong>centralidade</strong> se expressa pel<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> materiais e<br />

imateriais 26 que condensa, pois esta pode ser identificada em áreas localizadas fora do<br />

centro propriamente dito, mas também pode contribuir para que o próprio centro, ainda,<br />

continue expressando uma <strong>centralidade</strong>, que outrora, foi um fator primordial de existência e<br />

permanência d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> nessa área. Na verdade, podem<strong>os</strong> associar essas idéias às de<br />

Lefebvre (1999) quando ele destaca o seguinte:<br />

O urbano reúne. O urbano enquanto forma, trans-forma aquilo que reúne<br />

(concentra). Ele faz diferir de uma maneira refletida o que diferia sem o<br />

saber: o que só era distinto, o que estava ligado ás particularidades no<br />

terreno. Ele reúne tudo, inclusive <strong>os</strong> determinism<strong>os</strong>, as matérias e<br />

conteúd<strong>os</strong> heterogêne<strong>os</strong>, a ordem e a desordem anteriores. (p. 159).<br />

Sobre este assunto Beltrão Sp<strong>os</strong>ito (1991) avalia que:<br />

[...] o centro pode ser qualificado como integrador e dispersor ao mesmo<br />

tempo. Esta qualidade pressupõe, provoca e reforça o traço concentrador<br />

desta área, permitindo dizer que a dimensão ou uma nova dinâmica da<br />

divisão territorial do trabalho provoque a emergência de outr<strong>os</strong> “centr<strong>os</strong>”,<br />

o principal e cada um deles desempenha um papel de concentricidade, ou<br />

seja, para diferentes escalas de atuação/atração, é uma área de interesse<br />

de convergência. (p. 6-7).<br />

26 Sobre esse assunto ver d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> materiais e imateriais ver Grzegorczyk (2000).

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