13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

desempenha um papel considerável na estrutura <strong>urbana</strong> em função d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que<br />

interagem no espaço. A cidade em questão apresenta uma característica que contribui para<br />

com a n<strong>os</strong>sa prop<strong>os</strong>ta de que há uma (re)afirmação da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> que envolve o<br />

centro, pois há uma interação das atividades imbricadas pela multiplicidade d<strong>os</strong> us<strong>os</strong>.<br />

Compondo essa paisagem a que n<strong>os</strong> referim<strong>os</strong>, destacam<strong>os</strong> a atuação d<strong>os</strong> camelôs e<br />

ambulantes que constituem <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de consumo atrelad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> que<br />

compõem as estratégias de comercialização presentes na maioria das cidades com base na<br />

apropriação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong>, principalmente <strong>os</strong> públic<strong>os</strong> como as ruas, praças e calçadas para a<br />

realização de atividades do setor terciário que não são em sua maioria formalizadas, mas<br />

que não podem<strong>os</strong> separá-las da imagem do centro, uma vez que surgem como atores de um<br />

processo que envolve as relações mediatizadas pel<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> em que ocorre a busca pela<br />

satisfação das necessidades, evidenciando que a cidade se manifesta mais em função do<br />

próprio consumo expressivo também fora d<strong>os</strong> padrões estabelecid<strong>os</strong> como formais e<br />

normais. Assim, o que destacam<strong>os</strong> sobre o uso é que:<br />

[...] não se altera no tempo, mas conserva vestígi<strong>os</strong> do passado, que<br />

freqüentemente, apontam para a incessante transformação espacial e<br />

assinala o progresso tecnológico gerador de outr<strong>os</strong> hábit<strong>os</strong> e reações: o<br />

lazer, a praça, a rua, o transporte, o equipamento, o ruído, a<br />

horizontalidade ou a verticalidade da cidade de ontem e de hoje; as<br />

dimensões, as exigências, <strong>os</strong> objet<strong>os</strong>, <strong>os</strong> compartiment<strong>os</strong> da moradia de<br />

hoje e de ontem. (FERRARA, 1988, p. 26)<br />

A prop<strong>os</strong>ição da autora sobre o uso não se alterar no tempo diz respeito ao fato de<br />

não se perderem totalmente as mudanças quanto às formas e funções, fato este já<br />

mencionado em outro momento, pois o que tem<strong>os</strong> é uma transformação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> que<br />

envolvem uma interação entre o velho e o novo, uma relação entre o passado e o presente<br />

que são presenciad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> imóveis que abrigam as funções, podendo ser estes adaptad<strong>os</strong><br />

para nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> ou mesmo aqueles que são construíd<strong>os</strong> para as novas funções. Isto explica<br />

o que Sant<strong>os</strong> destacou como “espaço herdado”, ou seja, aquilo que vim<strong>os</strong> apontando como<br />

sendo <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> associad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> velh<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> e <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> ligad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> nov<strong>os</strong><br />

espaç<strong>os</strong>. Nessa perspectiva tem<strong>os</strong> que:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!