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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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no sentido da apropriação, requer uma análise crítica e aprofundada, pois <strong>os</strong> comerciantes<br />

formais também colocam nas calçadas suas mercadorias para serem consumidas, o que<br />

reforça a apropriação como propriedade do espaço, que é a calçada. Então, por que as<br />

criticas a<strong>os</strong> informais?<br />

Ainda, com referência a Ramires (2001), tem<strong>os</strong> como resp<strong>os</strong>ta à n<strong>os</strong>sa indagação<br />

que:<br />

Os própri<strong>os</strong> lojistas crêem-se no direito de deixar parte de suas<br />

mercadorias do lado de fora de seus estabeleciment<strong>os</strong>; várias pessoas<br />

distribuem informes publicitári<strong>os</strong> a respeito d<strong>os</strong> mais variad<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong><br />

(<strong>comércio</strong> de lojas, curs<strong>os</strong> de informática, empréstim<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>,<br />

cartas de motorista, consultóri<strong>os</strong> odontológic<strong>os</strong>, serviç<strong>os</strong> de advocacia,<br />

enfim); homens de idade ficam sentad<strong>os</strong> nas ruas e calçadões com o<br />

corpo coberto de anúnci<strong>os</strong> de emprego, exp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> ao olhar d<strong>os</strong> que <strong>os</strong><br />

cercam (e são muit<strong>os</strong>) em busca de alguma alternativa de trabalho; há<br />

modern<strong>os</strong> “qui<strong>os</strong>ques” das mais variadas loterias [...]. Ocupar as ruas,<br />

longe de ser uma atitude exclusiva de camelôs, d<strong>os</strong> artistas de rua, parece<br />

fazer parte da lógica <strong>urbana</strong> brasileira. (p.92-3).<br />

No entanto, tem<strong>os</strong> que a lógica da apropriação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> abrange as atividades<br />

que estão n<strong>os</strong> níveis da formalidade como também da <strong>informal</strong>idade na atual conjuntura<br />

econômica, que coloca a própria comercialização da força de trabalho como alternativa<br />

única, frente às mudanças da sociedade capitalista. Portanto:<br />

Os efeit<strong>os</strong> deste processo de precarização do trabalho não podem ser<br />

entendid<strong>os</strong> como sendo de retração do desenvolvimento do capitalismo<br />

nestes países, e sim como efeit<strong>os</strong> de uma crise que surge intrinsecamente<br />

às novas transformações do processo produtivo capitalista, e procuram<br />

mais uma vez sacrificar aqueles que pela lógica de funcionamento da<br />

sociedade capitalista, não tem outra forma de garantir a sua<br />

sobrevivência, que não seja a comercialização de suas potencialidades<br />

produtivas e criativas enquanto mercadoria. (GONÇALVES, 2000, p.<br />

69).<br />

O autor destaca a importância da força de trabalho enquanto único instrumento que<br />

potencializa a produção das mercadorias, já que é interessante frisarm<strong>os</strong> que <strong>os</strong><br />

trabalhadores informais estão inserid<strong>os</strong> no contexto da produção, “atuando no escoamento<br />

de produt<strong>os</strong> de todo tipo, realizado pel<strong>os</strong> vendedores ambulantes e de ponto fixo”<br />

(JAKOBSEN, 2000, p. 9). Mas, o que é contestado por vári<strong>os</strong> autores é que essas

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