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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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mercadorias com preç<strong>os</strong> menores, e acabam consumindo. O número de<br />

consumidores que diariamente se utilizam desse tipo de <strong>comércio</strong><br />

(<strong>informal</strong>) é muito grande, o que acaba dando margem para que ele se<br />

reproduza, sobreviva e resista ao policiamento e à legislação que proíbe<br />

seu funcionamento naquele espaço. (p. 49).<br />

Diante dessas considerações, entendem<strong>os</strong> que <strong>os</strong> ambulantes e <strong>os</strong> camelôs não<br />

conseguem ficar enclausurad<strong>os</strong> num espaço que segue a regra das atividades do <strong>comércio</strong><br />

formal, pois necessitam estar em áreas onde as pessoas p<strong>os</strong>sam visualizar as mercadorias, o<br />

que impulsiona o consumo sem que tenha sido planejado, ou seja, muitas vezes passam<strong>os</strong><br />

por um local e, se a mercadoria estiver acessível, acabam<strong>os</strong> adquirindo. Isso justifica a<br />

sociedade de consumo em que vivem<strong>os</strong> onde o tempo da mercadoria se renova em cada<br />

relação de compra e venda podendo ser associado à demanda por tais produt<strong>os</strong> consumid<strong>os</strong>,<br />

explicad<strong>os</strong> pelo volume diário de consumidores.<br />

A localização também está ligada às outras atividades como terminais urban<strong>os</strong> para<br />

onde convergem inúmeras pessoas e que destacam as ações espontâneas quanto às práticas<br />

de consumo d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> oferecid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> ambulantes e camelôs, que podem ser inserid<strong>os</strong><br />

no sistema de relações de produção do e no espaço, cuj<strong>os</strong> lugares são (re)produzid<strong>os</strong> e<br />

permitem a circulação e consumo das mercadorias, pois o barateamento destas em relação<br />

às demais é que permite completar o ciclo que envolve a produção, circulação e consumo,<br />

como já salientam<strong>os</strong> em outro momento deste capítulo.<br />

O que tomam<strong>os</strong> como parâmetro, nesta análise, são <strong>os</strong> preç<strong>os</strong> baratead<strong>os</strong> em relação<br />

às lojas do <strong>comércio</strong> formal, o que permite ao consumidor obter <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> sem perder<br />

tempo para procurá-l<strong>os</strong> e o fato das mercadorias estarem disp<strong>os</strong>tas nas ruas e praças<br />

facilitando e atendendo a<strong>os</strong> ansei<strong>os</strong> do consumidor, ao mesmo tempo, em que garante a<br />

venda por parte d<strong>os</strong> proprietári<strong>os</strong> das bancas. Essa é a principal estratégia para traçarm<strong>os</strong><br />

algumas considerações sobre a dinâmica do uso do solo na área central e as estratégias de<br />

localização d<strong>os</strong> camelôs, já que o centro pode ser considerado “o lugar de tod<strong>os</strong> e para<br />

tod<strong>os</strong>” por abrigar e conviver com as mais variadas formas de <strong>comércio</strong>, que combinam<br />

espaç<strong>os</strong> cada vez mais elitizad<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> de revalorização, como também<br />

absorvem <strong>os</strong> pobres que trabalham nesses espaç<strong>os</strong> caracterizando uma diversificação nas<br />

relações de trabalho como nas próprias relações estabelecidas pel<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> atores que<br />

compõem a paisagem desses espaç<strong>os</strong> e que dão forma, conteúdo e sobrevivência ao mesmo.

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