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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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espectivas atividades existentes e d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que se estabelecem entre elas através d<strong>os</strong><br />

divers<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> produzid<strong>os</strong> no interior das cidades, como <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de produção,<br />

consumo, lazer e <strong>os</strong> destinad<strong>os</strong> à residência, contribuindo para a constituição de uma cidade<br />

fragmentada. Apoiamo-n<strong>os</strong> em Carl<strong>os</strong> para explicitar melhor tais idéias, pois a “cidade tem<br />

sido analisada como concentração de população, instrument<strong>os</strong> de produção, necessidades,<br />

atividades, serviç<strong>os</strong>, infra-estrutura, reserva de mão-de-obra e (sobretudo) mercadorias.”<br />

(1994, p. 84)<br />

De qualquer forma a dominação d<strong>os</strong> objet<strong>os</strong> que caracterizam a cidade e a sociedade<br />

<strong>urbana</strong> também pode ser compreendida na visão de Debord (1997) como o espetáculo da<br />

mercadoria quando o mesmo aponta para a independência da própria mercadoria que<br />

impera sobre a economia de um modo geral. Sant<strong>os</strong> (1978) aponta que:<br />

A sociedade <strong>urbana</strong> é dividida entre aqueles que têm acesso às<br />

mercadorias e serviç<strong>os</strong> numa base permanente e aqueles que, embora<br />

tendo as mesmas necessidades, não estão em situação de satisfazê-las,<br />

devido ao acesso esporádico ou insuficiente ao dinheiro. Isso cria<br />

diferenças qualitativas e quantitativas de consumo. (p 37).<br />

No entanto, mesmo havendo tais diferenças podem<strong>os</strong> enfatizar que o consumo é<br />

uma prática imponente na cidade, levando-se em consideração a imp<strong>os</strong>sibilidade de análise<br />

d<strong>os</strong> circuit<strong>os</strong> da economia <strong>urbana</strong> isoladamente, pois “a complementaridade é garantida à<br />

custa da dependência do circuito inferior em relação ao circuito superior, sendo amb<strong>os</strong><br />

subordinad<strong>os</strong> às mesmas leis gerais do desenvolvimento capitalista” (SANTOS, 1978, p.<br />

51-2). Contudo, ressalta que o consumismo está associado às manobras políticas e<br />

oportunism<strong>os</strong> sofisticad<strong>os</strong> cuja estrutura opressiva social e de poder está relacionada à<br />

dominação, que por sua vez, também pode ser pensada no âmbito das mercadorias, pois a<br />

população pobre vem adquirindo produt<strong>os</strong>, que é um indicativo de promoção social.<br />

(SANTOS, 1978).<br />

Relacionam<strong>os</strong> a isso produt<strong>os</strong> que passaram a fazer parte d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da classe<br />

popular como a geladeira nova, a televisão com tela plana que pode se adquirida com<br />

pagament<strong>os</strong> em até 24 parcelas mesmo que não percebam que <strong>os</strong> jur<strong>os</strong> já se encontram<br />

embutid<strong>os</strong> no produto. Nessa ótica, Sant<strong>os</strong> (1978) destaca que:

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