15.04.2013 Views

o conto insolúvel de Herberto Helder - Universidade do Minho

o conto insolúvel de Herberto Helder - Universidade do Minho

o conto insolúvel de Herberto Helder - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Alguns ProblemAs <strong>de</strong> críticA teXtuAl nAs RIMAS <strong>de</strong> cAmões<br />

3. o<strong>de</strong> vii («A quem darão <strong>de</strong> Pin<strong>do</strong> as mora<strong>do</strong>ras»)<br />

209<br />

Assinalem-se duas gralhas tipográficas na edição <strong>de</strong> Costa Pimpão:<br />

v. 7: por «<strong>do</strong> peso» leia-se «<strong>de</strong> peso»;<br />

v. 51: por «ven<strong>de</strong>m a Fortuna» leia-se «vencem a Fortuna». 13<br />

Publicada pela primeira vez nas rimas <strong>de</strong> 1598, esta o<strong>de</strong> (cuja<br />

datação tanta opinião díspar tem gera<strong>do</strong> 14 ) encontra-se também em<br />

<strong>do</strong>is manuscritos (MA e Ms.Jur.). Des<strong>de</strong> Carolina Michaelis, os problemas<br />

que mais têm ocupa<strong>do</strong> os camonistas no respeitante ao estabelecimento<br />

<strong>do</strong> texto <strong>de</strong>ste poema <strong>de</strong>rivam justamente das lições divergentes<br />

na estrofe 6 que encontramos no Manuscrito Juromenha. Sobre<br />

esses problemas remeto para a síntese magistral <strong>de</strong> Vítor Aguiar e Silva<br />

(1994: 236-238, n. 9).<br />

Há, no entanto, um verso em que D. Carolina parece não ter feito<br />

escola:<br />

24 honra benina dais<br />

Carolina Michaelis (1884: 4) afirma explicitamente que, no Ms.Jur.,<br />

se lê neste verso «aura» em vez <strong>de</strong> «honra», acrescentan<strong>do</strong> que o erro<br />

<strong>de</strong> leitura «honra», já antigo, se arrastou in<strong>de</strong>tecta<strong>do</strong> por todas as<br />

edições («<strong>de</strong>r alte Lesefehler hat sich bis heute unbemerkt durch alle<br />

Ausgaben hingeschleppt»). 15 Não encontro menção <strong>de</strong>sta variante na<br />

edição <strong>do</strong> Prof. Leo<strong>de</strong>gário.<br />

4. Éclogas vi e vii: semicapro ou semícapro?<br />

Écloga VI, 185: Vós, semicapros <strong>de</strong>uses <strong>do</strong> alto monte<br />

Écloga VII, 2: os semicapros <strong>de</strong>uses ama<strong>do</strong>res<br />

No v. 185 da Écloga VI («A rústica contenda <strong>de</strong>susada») e no v. 2<br />

da Écloga VII («As <strong>do</strong>ces cantilenas que cantavam»), encontramos nas<br />

13 Cf. Leo<strong>de</strong>gário Azeve<strong>do</strong> Filho (1997: 152).<br />

14 É preciso dizer, no entanto, que a convicção <strong>do</strong> Prof. Aguiar e Silva, segun<strong>do</strong> a<br />

qual «tu<strong>do</strong> leva a crer» (2008: 66) que se trata <strong>de</strong> «um poema da juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Camões»<br />

(1994: 237, n. 9) não é partilhada pela generalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s camonistas.<br />

15 Cf. Carolina Michaelis (1884: 4). No mesmo número da revista zeitschrift für<br />

romanische Philologie, a estudiosa alemã volta mais adiante a sublinhar este facto:<br />

cf. p. 437, n. 1.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!