15.04.2013 Views

o conto insolúvel de Herberto Helder - Universidade do Minho

o conto insolúvel de Herberto Helder - Universidade do Minho

o conto insolúvel de Herberto Helder - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

o NONSeNSe que fAz senti<strong>do</strong>(s)<br />

«Que maravilla» (…)<br />

I gave her the permit for her French service<br />

She licks she sucks<br />

«Que rico»<br />

Oh she <strong>do</strong>es it (…)<br />

(Hardcore (1.º escalão), in in<strong>de</strong>pendança, 1982)<br />

241<br />

Já a faixa em inglês <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos especiais, versan<strong>do</strong> mais uma<br />

vez sobre sonhos <strong>de</strong> amor <strong>de</strong>sfeitos («Oh broken dreams, magazines,<br />

everything dropped / On the floor»), contém uma última estrofe em…<br />

italiano:<br />

• I met you when we’re crossing the bor<strong>de</strong>r with no papers<br />

That was hip!<br />

For me it was a brand-new sensation<br />

For you just another trip (…)<br />

Sogni svaniti giornali rivisti tutto sparso per terra<br />

Letti disfatti «celentano» sempre qualcuno a la porta (…)<br />

(«I <strong>do</strong>n’t feel funky (anymore)», in <strong>de</strong>feitos especiais, 1984)<br />

Vários álbuns <strong>de</strong>pois, em mosquito (1998), o autor voltaria a<br />

escrever uma canção aban<strong>do</strong>nan<strong>do</strong> quase inteiramente o português,<br />

mas sem contu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> o usar em alguns versos dispersos ao longo<br />

<strong>do</strong> poema (daí nascen<strong>do</strong> o trocadilho rouge / ruge). Desta feita a viagem<br />

linguística é em francês, que já surgira <strong>de</strong> forma episódica em «USA»<br />

(«Se tutoyer, os franceses têm o vous / e eu tenho-te a ti»):<br />

• Rouge n’est plus une couleur<br />

Rouge n’est pas un non <strong>de</strong> fleur<br />

Rouge c’est une question d’honneur<br />

Rouge ou noir, dis-moi ma sœur<br />

ruge o mar seja on<strong>de</strong> for<br />

Surge um corpo <strong>do</strong> vapor<br />

Rouge c’est Mars la Pesanteur…<br />

(«Rouge», in mosquito, 1998)<br />

Mais frequentemente, porém, Rui Reininho <strong>de</strong>svia-se <strong>do</strong> português,<br />

que ancora o texto, para outras paragens idiomáticas secundárias.<br />

em «Freud & Ana» (um trocadilho com «freudiana», a prenunciar<br />

o título da colectânea, come on & Anas), a alternância é entre o<br />

inglês e o alemão, ambos os idiomas usa<strong>do</strong>s para apostrofar a amada,<br />

perdida como o poeta em excessos finisseculares:<br />

• É o século XX<br />

É o sexo vintage

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!