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Baixar - Proppi - UFF

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de um querido e à alegria e arrebatamento da chegada de um filho. É preciso partir do humor<br />

para encontrá-lo em sua severidade e iconoclastia, o que entendi rapidamente. Que esse agradecimento<br />

se estenda ao Nuri, pelo bom humor com que me recebeu em sua casa nas noites<br />

em que, depois de jantarmos, lhe tomava o pai emprestado para falar de antropologia até altas<br />

horas no bairro das Laranjeiras, sem que isso o impedisse de, ora, ora, me recomendar também<br />

leituras importantes.<br />

Fora do quadro institucional do PPGA, quero declarar gratidão a dois professores fundamentais<br />

em todo o meu processo de formação como antropólogo. Sem a amizade e os ensinamentos<br />

de Emerson Giumbelli e João Geraldo Martins da Cunha, jamais teria dito ou escrito<br />

qualquer coisa inteligente. Ambos foram meus mestres desde os primeiros dias de faculdade,<br />

ensinando-me antropologia e filosofia com dedicação e esforço sem paralelo. Professor<br />

João Geraldo incorpora o típico ethos uspiano – um paulista típico entre cariocas atípicos – de<br />

rigor e disciplina na leitura dos clássicos. Ensinou-me a ler filosofia, a leitura estrutural de um<br />

texto à moda francesa, teve paciência para apontar os caminhos escuros e difíceis da filosofia<br />

alemã hegeliana e a fenomenologia husserliana a um aluno de graduação em ciências sociais<br />

insistente, por muitas vezes inconveniente, e dividiu comigo o interesse por futebol, automóveis<br />

e pelo pensamento de Lévi-Strauss.<br />

Emerson Giumbelli me acompanha desde os meus primeiros passos em antropologia e<br />

religião. Com ele segui por toda a graduação, em sala de aula e em pesquisas sobre o ensino<br />

religioso no Rio de Janeiro, pesquisa de três anos na qual obtive amplo treinamento etnográfico<br />

fundamental para a realização deste trabalho. Com bom humor, humildade e simpatia cada<br />

vez mais raros no métier acadêmico, esteve sempre presente. Comigo dividiu a sala no 4º andar<br />

– eu a usava mais do que ele –, os livros ali guardados, a pesquisa no ensino religioso e<br />

seu acervo – que ajudei a organizar cuidadosamente, devo mencionar –, algumas participações<br />

nas jornadas de iniciação científica da UFRJ, o Coletivo RESA, pizzas e chopes na Lapa,<br />

Led Zeppelin, Jane's Addiction, White Stripes…<br />

Por mais longe que fosse em minhas palavras, a gratidão que trago por estes dois mestres<br />

jamais seria devidamente expressa.<br />

Agradeço muito ainda ao professor Guilherme Sá, que conheci no último ano de graduação,<br />

mas com quem, de lá para cá, construí uma sincera relação de amizade. Sua generosidade,<br />

simpatia no trato e disposição para ensinar são marcantes e cada vez mais raras.<br />

Foi realmente um privilégio ter aprendido com tantos e tão competentes mestres.<br />

Felizmente, e de forma fundamental, estudar não é a única coisa que fazemos durante<br />

um curso de mestrado. As amizades que construímos fazem com que a experiência desgastan-<br />

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