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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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mostrar o vídeo: a primeira, sua preocupação de que Vitória não mostrasse todo seu<br />

potencial, durante a filmagem; a segunda, contribuir com o procedimento de identificação,<br />

oferecendo cenas do cotidiano da filha.<br />

Vitória participou com sua mãe de todas as reuniões propostas no CEDEPAH<br />

durante o período da identificação. Depois de terminado os encontros sistemáticos,<br />

apesar de ter sido combinada a continuidade do processo com o objetivo do acompanhamento<br />

da freqüência, consistência e intensidade dos indicadores de altas habilidades/superdotação,<br />

a família não compareceu mais ao Centro, sendo necessário<br />

chamá-la para uma entrevista, no final de 2003.<br />

Nesta entrevista de acompanhamento, os dados de Vitória foram atualizados, e<br />

observou-se uma atitude negativista por parte da menina, que não queria entrar para<br />

a sala, parecendo mal humorada e desmotivada. Então, o atendimento de mãe e filha<br />

foi feito na mesma sala. À medida que eu ia interagido com a menina e repetindo<br />

especularmente suas ações, Vitória respondia participando da brincadeira, me convidando,<br />

por fim, para buscar um brinquedo que estava em outra sala. Neste local, a<br />

menina percebeu um outro brinquedo que estava quebrado e que, apesar disto, estava<br />

guardado juntamente com os outros. Com este material, Vitória permitiu-se, pela<br />

primeira vez, criar novas opções para sua utilização, inventando, inicialmente,<br />

uma nova utilidade para o mesmo e, depois, buscando maneiras de consertá-lo. Ao<br />

retornar para a sala onde a mãe estava, foi constatado o prazer com que ela descobria<br />

os sons com a baqueta do tambor, batendo fortemente em todos os objetos da<br />

sala, ao mesmo tempo que olhava para a mãe, atitude que já havia sido observada<br />

durante o processo de identificação.<br />

Os interesses da menina, neste período, se encontravam no xadrez e em plantar<br />

hortaliças (interesse oriundo do trabalho desenvolvido na escola, com a reprodução<br />

dos grãos). Os pais observam que Vitória tem estado muito triste, começando a<br />

chorar sem motivos aparentes. Também tem chorado na escola. Por este motivo, está<br />

fazendo tratamento psicoterápico com uma psicóloga da cidade.<br />

Pela informação da mãe, Vitória freqüenta uma escola, que é uma franquia de<br />

uma escola inglesa, com uma proposta pedagógica muito rígida. Lá, ela permanece<br />

os dois turnos e tem duas professoras. Segundo informação da mãe, com uma das<br />

professoras, Vitória se relaciona bem; com a outra, não. Nesta escola, segundo relato<br />

da mãe, não há espaço para as diferenças, e as crianças são consideradas todas<br />

iguais. Desta maneira, Vitória, que acaba suas atividades muito antes dos colegas, é

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