VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
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Esses autores também destacam que o fato de serem leitores precoces não<br />
implica que essas crianças sejam, também, escritores precoces e justificam esse fato<br />
através da dissincronia do desenvolvimento, pois: “[...] o desenvolvimento rápido e<br />
cedo da escrita mais do que da leitura, requer não somente a compreensão das letras/palavras,<br />
mas também um bom controle motor, geralmente não ainda completo<br />
nas crianças de 4/5 anos” (PERLETH et al, 1993, p.299) (tradução minha).<br />
Na Tabela 7, é apresentado um recorte da estrutura narrativa AB-3, que mostra<br />
o diálogo estabelecido entre Paulo, Geraldo e eu, logo após minha intervenção no<br />
sentido de retomar com o grupo o objetivo de nossos encontros – a identificação das<br />
altas habilidades/superdotação nessas crianças. A temática do controle esfincteriano<br />
não é nova, pois ela apareceu em encontros anteriores, no Grupo A, e sempre trazida<br />
por Paulo.<br />
Pela análise da dimensão visual pode-se observar a parceria que se estabeleceu,<br />
quase instantaneamente, entre Paulo e Geraldo. Vitória não se integrou ao grupo,<br />
permanecendo grande parte do tempo folheando o livro que havia trazido de casa.<br />
Tal dinâmica, no domínio social de Vitória, também foi observada em outras situações<br />
e está analisada com mais profundidade no domínio social.<br />
Geraldo tenta, em diversas situações, aproximar-se de Paulo usando os bichos<br />
como intermediários desta aproximação. Também chama a atenção que a temática<br />
da conversação do grupo, ligada ao controle esfincteriano, produz prazer significativo<br />
nos dois meninos. Os dois falam sobre xixi e cocô e, olhando para mim, como<br />
forma de consultar minha reação ao assunto.