VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
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sPINILLO, 1989, p. 220). Assim sendo, é nos estudos de Piaget que uma análise profunda<br />
dos processos que subsidiam a cognição humana pode ser encontrada.<br />
Piaget, segundo Sternberg (2000, p.374), ingressou no campo do desenvolvimento<br />
cognitivo quando trabalhou no laboratório psicométrico de Binet e “[...] ficou<br />
intrigado com as respostas erradas das crianças aos itens dos testes de inteligência”.<br />
Começou, então, a observar dois aspectos básicos em suas investigações: o<br />
desempenho das crianças e as razões que elas tinham para apresentar este desempenho;<br />
incluindo, nesta análise, as formas de pensamentos subjacentes a suas<br />
ações.<br />
Piaget (1972) acreditava que a inteligência tem uma função adaptativa. Afirma<br />
que ela não é constituída por processos isoláveis e descontínuos, mas, sim, por uma<br />
equilibração “[...] para a qual tendem todas as estruturas, cuja formação deve ser<br />
procurada através da percepção, do hábito e dos mecanismos senso-motores elementares”<br />
(PIAGET, 1972, p. 27)<br />
Os princípios gerais da teoria podem ser resumidos nos seguintes pontos, para<br />
Piaget (1978):<br />
a) a vida afetiva e a cognitiva são distintas, porém inseparáveis. Um ato de inteligência<br />
supõe um ajuste interno (interesse, esforço) e outro externo (valorização<br />
da solução procurada e dos objetos sobre os quais recai o conhecimento);<br />
b) o indivíduo age movido por uma necessidade que provoca um desequilíbrio<br />
entre o organismo e o meio;<br />
c) o conhecimento ocorre pelos processos de “assimilação” e “acomodação”;<br />
d) o desenvolvimento constitui-se em “[...] uma equilibração progressiva, uma<br />
passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de e-<br />
quilíbrio superior” (PIAGET , 1978, p.11).<br />
Considerando estes princípios, Piaget (1978) concluiu que as ações são as<br />
propulsoras das operações da inteligência. Ele define uma operação como “[...] uma<br />
ação interiorizada que se torna reversível e que se coordena com outras, em estruturas<br />
operatórias de conjunto” (PIAGET, 1978, p. 74). Assim, o pensamento da criança