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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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Kamii (1991), apresentando as implicações educacionais desta abordagem, no<br />

que se refere à construção da concepção do número, destaca dois aspectos, no redimensionamento<br />

das questões fundamentais sobre a aquisição do conceito da<br />

quantidade:<br />

a) o respeito pela criança e pelo conhecimento dos processos de seu desenvolvimento<br />

cognitivo e a importância de sua interação com o meio ambiente; e<br />

b) a finalidade dos processos educacionais, propostos nas escolas.<br />

De acordo com esta abordagem, três tipos de conhecimento podem ser destacados,<br />

considerando suas fontes básicas e seu modo de estruturação: o conhecimento<br />

físico, o lógico-matemático e o social. O conhecimento físico é construído<br />

através da relação entre as propriedades dos objetos do mundo externo, realizadas<br />

pela observação e pelo manuseio destes objetos.<br />

O conhecimento lógico-matemático diz respeito às relações criadas mentalmente<br />

entre os objetos do mundo externo. Dentro desta construção, segundo Kamii<br />

(1991), está a noção do número, pois o conhecimento lógico-matemático vai se<br />

construindo à medida que a criança coordena estas relações, partindo das formas<br />

mais simples e elementares até aquelas mais complexas.<br />

Kamii (1991) destaca que as fontes do conhecimento, dentro do construtivismo,<br />

podem ser internas (conhecimento lógico-matemático) e externas (conhecimento físico),<br />

assim como são diferentes as formas de abstrações feitas nos dois tipos de<br />

conhecimento; no conhecimento físico as abstrações são construídas de forma empírica<br />

ou simples; e no conhecimento lógico-matemático é utilizada a abstração reflexiva.<br />

Nas abstrações do primeiro tipo a criança focaliza a atenção numa determinada<br />

propriedade do objeto e ignora as outras. As abstrações do segundo tipo são construídas<br />

no pensamento da criança, a partir das relações das propriedades existentes<br />

nos objetos. Portanto, apesar de fazer distinção entre os dois tipos de abstrações,<br />

elas aparecem ao mesmo tempo, pois, segundo Kamii (1991, p. 17), “[...] não é possível<br />

que um dos tipos de abstração exista sem o outro”. A associação destas duas<br />

formas de abstração ocorre, principalmente, nos estágios sensório-motor e pré-operatório.<br />

Nos demais estágios a criança pode operar utilizando somente a abstração

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