VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
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altamente capacitados e portadores de altas habilidades/superdotação, pessoas<br />
com altas habilidades/ superdotação. Tenho utilizado esta última denominação<br />
por entender que ela encerra uma concepção que destaca “[...] o que é possivelmente<br />
único num indivíduo quanto a suas inclinações e capacidades numa série de á-<br />
reas do conhecimento” (RAMOS-FORD; GARDNER, 1991, p. 56) (Tradução minha).<br />
A definição de pessoa com altas habilidades/superdotação, adotada pelo CE-<br />
DEPAH e pela AGAAHSD, está baseada na concepção de Renzulli (1986). Este autor,<br />
a partir de uma análise de diferentes pesquisas com esses sujeitos, constatou a<br />
existência de três traços marcantes - habilidade acima da média, motivação e criatividade<br />
– que interagem entre si; estas três características têm como suporte uma<br />
rede social composta pela família, escola, amigos dentre outros.<br />
Qual a relação que esta definição tem com as Inteligências Múltiplas? Penso<br />
que, na medida em que consideramos a pluralidade das inteligências, estas três características,<br />
em interação com o contexto, podem contribuir para definir quem é este<br />
sujeito, em cada domínio.<br />
A concepção de inteligência oferecida pela Teoria das Inteligências Múltiplas<br />
considera que a identificação desses sujeitos deve estar a serviço dos mesmos, a-<br />
contecer em seu próprio contexto e contribuir para o seu desenvolvimento global.<br />
Nesta concepção fica implícito que existem áreas do comportamento humano que<br />
não são examinadas pelos construtos contemporâneos de inteligência. Para resolver<br />
esta questão, Ramos-Ford e Gardner (1991), assim como Fasko (2001), apresentam<br />
uma abordagem de avaliação, baseada na Teoria das Inteligências Múltiplas, que<br />
tem as seguintes características:<br />
a) fundamentar-se em uma perspectiva ecológica, pois, na opinião dos autores,<br />
a identificação é “[...] mais informativa e útil [se] acontecer numa situação estritamente<br />
semelhante às condições reais de trabalho do indivíduo” (RAMOS-FORD e GARDNER,<br />
1991, p. 59) (Tradução minha);<br />
b) permitir diversos modos de respostas ou diferentes formas de demonstrar a<br />
compreensão das propostas feitas;<br />
c) evidenciar a evolução no desenvolvimento da criança e o uso de suas inteligências;<br />
d) ser percebida como parte fundamental no processo de aprendizagem. Neste<br />
sentido, professores e alunos devem realizar uma reflexão regular e apropriada de