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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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Em relação à importância da formação da identidade superdotada fazem-se<br />

necessárias investigações que aprofundem e promovam a compreensão da complexidade<br />

nas relações entre formação da identidade, realização e auto-estima. Neste<br />

estudo, alguns indicativos foram apresentados, e foi demonstrado que, mesmo nas<br />

crianças da primeira infância, é possível constatar comportamentos com indicadores<br />

de altas habilidades/superdotação. No entanto, também, ficou evidenciado o papel<br />

importante que o ambiente tem no processo de constituição da singularidade destes<br />

sujeitos. Portanto, cabe a nós – profissionais, familiares e as próprias pessoas com<br />

altas habilidades/superdotação – respeitarmos essas singularidades e reivindicarmos<br />

a criação de mecanismos para a conscientização das necessidades desse grupo<br />

social, através da defesa de seus direitos, da proposição de meios apropriados<br />

que dêem cobertura às suas necessidades e de estudos, promoção de pesquisas e<br />

publicações na área. O grande desafio do (re)conhecimento e do atendimento para o<br />

grupo social focalizado neste estudo reside em nossa própria conscientização, a-<br />

preciação e aceitação das altas habilidades/ superdotação como um fenômeno<br />

diferente do “nós”, mas que necessita deste “nós” para que sua identidade possa ser<br />

organizada e (re)significada.<br />

Em relação ao atendimento educacional, ficou evidente que tanto a escola que<br />

não contém em sua Proposta Político-Pedagógica ações que contemplem a inclusão<br />

dos alunos com necessidades educacionais especiais, quanto a que apresentava uma<br />

proposta inclusiva em seu projeto pedagógico encontraram dificuldades de reconhecer<br />

e trabalhar com a diversidade destes alunos. Entendo que tal situação é justificada por<br />

um pensamento de oposição binária: de um lado está a deficiência e de outro, as altas<br />

habilidades/superdotação, e as propostas pedagógicas feitas para uma não são utilizáveis<br />

para as outras. No entanto, quando se adota uma filosofia de educação que<br />

tem por base a inclusão e se aceita que as inteligências podem se manifestar em diferentes<br />

áreas, esta relação antagônica desaparece e se torna possível a valorização<br />

dos limites e das potencialidades na aprendizagem de todos os sujeitos, tanto aqueles<br />

que apresentam necessidades educacionais especiais quanto os ditos “normais”.<br />

Quero também salientar que a proposta das Inteligências Múltiplas traz uma<br />

contribuição importante para a relação ensino e aprendizagem, pois entendo que esta<br />

concepção remete a uma nova abordagem do conceito de aprendizagem, ao destacar<br />

que existem deferentes canais para que ela se estabeleça e não somente o<br />

auditivo e o visual. Por conseguinte, o processo de ensino deve valorizar outras estratégias<br />

que desafiem e estimulem outros canais de aprendizagem. Talvez, assim,<br />

muitas das dificuldades observadas na sala de aula - desmotivação, repetência,

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