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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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formações arquivadas nos prontuários do CEDEPAH e filmagem das atividades espontâneas<br />

dos sujeitos selecionados. O referencial para registro das imagens foi o<br />

desenvolvimento de atividades que apresentassem início meio e fim, nomeadas por<br />

Rose (2002) como Estruturas Narrativas. Um primeiro conjunto de Estruturas Narrativas<br />

foi formado, considerando as atividades das três crianças que participaram de<br />

todos os Grupos de Identificação, pois alguns fatores complicadores surgiram durante<br />

a filmagem, tais como ausência da pessoa responsável pela filmagem, roubo da<br />

filmadora e desistência do processo de identificação, por parte de algumas famílias.<br />

Esta desistência resultou na composição de um novo grupo, composto pelas três<br />

crianças, sujeitos deste estudo – Paulo, Vitória e Geraldo. Um segundo recorte foi<br />

realizado nesse conjunto de cenas, orientado pela aparição de comportamentos indicativos<br />

dos diferentes domínios relatados por Gardner, Feldman e Krechevski<br />

(2001a, 2001c) – linguagem, matemática, ciências, música, social, corporalcinestésico,<br />

espacial, artes visuais e estilos de trabalho. A análise do material transcrito<br />

foi efetuada considerando duas dimensões: a visual e a verbal.<br />

A análise das cenas que compõem as Estruturas Narrativas permitiu constatar<br />

que Paulo e Vitória apresentam comportamentos similares entre si e diferenciados<br />

dos de Geraldo. Duas questões emergem daí: Como identificar esse conjunto de características<br />

singulares? O que constitui essas semelhanças e diferenças?<br />

Em reposta à primeira questão - como identificar esse conjunto de características<br />

singulares - cabe assinalar que, inicialmente, as atividades oferecidas no Grupo<br />

de Identificação foram apresentadas de forma planejada, conforme Anexo E. O planejamento<br />

das tarefas visava a verificar, de forma organizada e controlada, os diferentes<br />

domínios nas crianças que compunham este grupo, segundo o que é sugerido<br />

por Gardner, Feldman e Krechevski (2001b e 2001c). No entanto, esta maneira<br />

de intervenção não estava de acordo com minha forma de trabalhar. Assim, nos próximos<br />

encontros, as atividades foram vivenciadas pelos sujeitos de forma espontânea.<br />

Segundo Freeman e Guenther (2000), esse modelo de identificação pode ser<br />

chamado de identificação pela provisão, definida pelas autoras como o oferecimento<br />

de experiências que estimulem e desafiem as crianças com altas habilidades/superdotação.<br />

Os papéis do mediador nessa atividade são, numa ação intencional<br />

anterior ao oferecimento das experiências, organizar o espaço físico, selecionar<br />

o material a ser utilizado pelas crianças e, durante a sessão propriamente dita, combinar<br />

as regras que regerão o trabalho, facilitar e promover a interação com os materiais<br />

oferecidos e entre os sujeitos. Moyles (2002, p.25) enfatiza que o ato de brincar<br />

sempre é estruturado pelos materiais e recursos que são disponibilizados e, portan-

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