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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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3.1 HISTÓRIA DE VIDA DOS HABITANTES DE MOJAVE-ÓKI<br />

Como já foi referido, as informações, na história de cada uma das crianças, foram<br />

coletadas na entrevista inicial de triagem, primeiro contato com cada uma delas<br />

e suas famílias e, também, no trabalho em grupo proposto para os pais e realizado<br />

pela assistente social da Equipe. Também foi aproveitado o material arquivado no<br />

prontuário de cada uma, no CEDEPAH/FADERS. As entrevistas com as professoras<br />

foram realizadas nas suas escolas e os dados de Vitória foram enviados por correio.<br />

A modalidade de identificação aqui apresentada não é uma novidade, pois é a<br />

proposta que tem sido utilizada pelo CEDEPAH. O acompanhamento dos comportamentos<br />

indicativos de altas habilidades/superdotação é um fator de relevância neste<br />

processo, pois é através dele que a intensidade, consistência e freqüência destes<br />

comportamentos podem ser observadas, em diferentes situações e períodos da<br />

vida destas crianças.<br />

Paulo e sua família não tiveram dificuldades para participar do processo de a-<br />

companhamento, uma vez que moram em Porto Alegre. Geraldo e seus pais também<br />

participaram, apesar de não comparecerem à última entrevista de acompanhamento.<br />

Para Vitória e seu grupo familiar, o deslocamento era mais difícil, pois moram<br />

em uma cidade distante de Porto Alegre. Cabe destacar, também, que os relatos nas<br />

histórias de Paulo e Vitória estão são mais ricos que os de Geraldo. Como este último<br />

não apresentava comportamentos com indicadores de altas habilidades/superdotação,<br />

a assistente social e eu realizamos o acompanhamento da criança e da família,<br />

sem, no entanto, buscar o contato com outras fontes com as quais o menino<br />

mantinha relação, como a escola e a igreja freqüentada pela família. Tal conduta justifica-se<br />

pelo entendimento de que a busca de outras fontes, quando não há evidências<br />

concretas da presença dos indicadores, pode dar a falsa expectativa de que os<br />

comportamentos indicativos de altas habilidades/superdotação estão presentes na<br />

criança.<br />

3.1.1 Vitória<br />

Vitória tem 4 anos 20 . É uma criança que com freqüência é considerada bonita;<br />

além disso, apresenta-se tímida e introvertida. É a filha mais moça de Carla, advogada,<br />

e Daniel, pediatra. Carla tem um casal de filhos mais velhos do primeiro matrimônio<br />

e dois netos. Ao iniciar o atendimento no CEDEPAH, segundo a mãe, Vitória<br />

apresentava peso e altura abaixo de sua faixa etária, e, por este motivo, estava<br />

20 As idades aqui apresentadas referem-se ao início do estudo, em março de 2002.

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