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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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zo a repercussão dos fatores afetivos dos(as) professores(as) na aprendizagem de<br />

seus(suas) alunos(as) (VIEIRA,1999). Da mesma forma, destaco, aqui, a importância<br />

dos fatores afetivos nos profissionais envolvidos na identificação das pessoas com<br />

altas habilidades/superdotação. Guirado (1998, p.194), ao analisar a questão da<br />

neutralidade do profissional-terapeuta enfatiza que não se pode ficar nos extremos,<br />

mas,<br />

se de um lado todo o cuidado é pouco para que não façamos de nossos<br />

pacientes a extensão de nossos desejos e de nossas teorias, de outro lado,<br />

no limite, isto é impossível. Queiramos ou não, ao aprender a fazer psicoterapia,<br />

nós nos filiamos a uma ou outra compreensão de o que sejam as finalidades<br />

de nosso trabalho e, mais sutil, o que seja afeto, inconsciente,<br />

dinâmica e aparelho psíquico, cura, fantasia e assim por diante. No interior<br />

de tal compreensão, instala-se, inevitavelmente, um modo de ver, ouvir, interpretar<br />

[...].<br />

Essas palavras da autora, apesar de enfocarem a relação psicoterápica, podem<br />

ser aplicadas à área da educação e sintetizam meu pensamento quando falo<br />

das implicações do profissional com a tarefa em si. Não estou defendendo um “personalismo”,<br />

mas, sim, uma relação que está permeada pelo conhecimento, afetos e<br />

expectativas de todos os envolvidos e que repercute no modo de ver, ouvir, e fazer a<br />

atividade.<br />

O terceiro aspecto está relacionado ao que Ramos-Ford e Gardner (1991) caracterizaram<br />

como perspectiva ecológica, pois, ao experimentarem situações vinculadas<br />

ao seu dia-a-dia e com materiais (re)conhecidos, as crianças tiveram oportunidade<br />

de demonstrar sua compreensão nas diferentes questões surgidas da interação<br />

com os colegas e com os brinquedos, possibilitando o exercício de diferentes<br />

respostas a estas situações. Apesar de o CEDEPAH não ser o ambiente natural das<br />

crianças e sua ida a esse local ter um objetivo específico – a avaliação das altas habilidades/superdotação<br />

-, foi possível constatar que, mesmo num um ambiente dessa<br />

natureza, os traços que caracterizam o brinquedo livre das crianças, segundo Kishimoto<br />

(2003), podem aparecer. Essas características são:<br />

a) a não literalidade do brinquedo, predominando a realidade interna sobre a<br />

externa e favorecendo a emergência da criatividade, uma vez que os sentidos<br />

comuns das situações são representados por outros entendimentos;<br />

b) a brincadeira espontânea, segundo Kishimoto (2003), é marcada pelo prazer<br />

e pela alegria no brincar e produz efeitos positivos, tanto na dominância<br />

corporal, quanto na afetiva e social;

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