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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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Os pressupostos teóricos utilizados no Projeto Spectrum evidenciam a preocupação<br />

pela organização do desenvolvimento da criança em sua totalidade. Tomando<br />

como base estes pressupostos, passo a apresentar a concepção de identificação<br />

dos sujeitos com altas habilidades/superdotação que norteia esta investigação.<br />

1.2.3 Traçando o percurso da viagem: o que é identificar?<br />

O termo "identificação" tem sido utilizado para designar a ação de reconhecer<br />

os sujeitos com altas habilidades/superdotação. Segundo Luft (s/d, p.340), o significado<br />

da palavra "identificação", na Língua Portuguesa, é o ”[...] reconhecimento de<br />

coisa ou indivíduo como os próprios [...]”. Portanto, identificar é definir um conjunto<br />

de características singulares de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos. Entendo,<br />

também, que utilizar esse termo significa adotar uma nova postura diante do processo<br />

de reconhecimento dos sujeitos com necessidades educacionais especiais,<br />

especialmente do grupo que aqui focalizo – as pessoas com altas habilidades/superdotação.<br />

Partindo destes pressupostos, como definir este conjunto de características<br />

num grupo social, cuja concepção envolve a discussão de dois conceitos básicos -<br />

inteligência e altas habilidades/superdotação - que não têm uma definição única?<br />

Por este motivo, identificar quem é a pessoa com altas habilidades/superdotação<br />

não é uma tarefa fácil.<br />

Um primeiro aspecto a salientar é que não existe uma definição precisa e<br />

aceita universalmente de quem é este sujeito e sua concepção é um “[...] construto<br />

psicológico a ser inferido a partir de uma constelação de traços ou características de<br />

uma pessoa” (ALENCAR; FLEITH, 2001, p.52). Assim sendo, a exatidão das inferências<br />

depende da relevância das características ou comportamentos escolhidos<br />

e das formas de avaliação válidas e precisas, pelas quais estas características<br />

e comportamentos foram determinados. Tal situação implica o reconhecimento de<br />

que os sujeitos com altas habilidades/superdotação não constituem um grupo homogêneo,<br />

mas, sim, um grupo que se caracteriza por seus diferentes perfis, pois,<br />

segundo Ramos-Ford e Gardner (1991, p.58), “[...] cada inteligência é organizada<br />

em termos de um conteúdo físico ou social, com o qual está particularmente sintonizada<br />

[...]” e possui uma trajetória de desenvolvimento própria (Tradução minha).<br />

Um segundo aspecto a salientar é a questão dos diferentes nomes que designam<br />

este grupo social: superdotados, bem-dotados, portadores de genialidade,

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