09.05.2015 Views

VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

168<br />

to, “[...] a qualidade de qualquer brincar dependerá em parte da qualidade e, talvez,<br />

da quantidade e da variedade controladas do que é oferecido”. Os brinquedos e recursos<br />

disponibilizados para as sessões estavam disponíveis no comércio, não sendo<br />

necessária a utilização de “brinquedos especiais”. No entanto, a seleção dos objetos<br />

e jogos apresentados considerou a estimulação dos diferentes domínios e possibilitou<br />

que as crianças inventassem novos usos para os mesmos.<br />

Moyles (2002) contribui significativamente para compreender essa primeira experiência<br />

com o grupo, ao fazer uma diferenciação entre o brinquedo livre e o dirigido.<br />

O brinquedo livre é aquele que estimula a exploração e a investigação dos materiais<br />

e situações propostas pelo próprio brinquedo para a criança. Já o brincar dirigido<br />

é aquele em que o adulto – pai ou professor – estimula a criança em algo além<br />

daquilo que a criança já experimentou. O brincar dirigido pressupõe, então, o uso<br />

anterior dos materiais oferecidos e tem como finalidade canalizar a exploração e a<br />

aprendizagem do brincar livre e possibilitar o crescimento em termos de aprendizagem.<br />

Nas cenas apresentadas pode-se ver o quanto foi gratificante para as crianças<br />

minha participação nas atividades e, na grande maioria das vezes, as sugestões dadas<br />

por mim eram aceitas e constituíam-se em desafios para as crianças.<br />

Considerando esta situação, cabe enfatizar quatro aspectos importantes no<br />

processo de identificação.<br />

O primeiro deles é a possibilidade da articulação e modificação das técnicas<br />

de coleta de informações na identificação das altas habilidades/superdotação nas<br />

crianças, considerando os diferentes fatores observados no próprio ambiente. Neste<br />

caso específico, os fatores relevantes foram o sentimento de desconforto por mim<br />

vivenciado e a conseqüente recusa das crianças em executar a tarefa proposta, pois<br />

estavam mais interessadas em outras ações. Tais características impulsionaram a<br />

adequação das ações, de tal forma que os objetivos propostos pudessem ser atingidos.<br />

O segundo aspecto a ressaltar é a importância da consonância entre a proposta<br />

de identificação e as formas de intervenção dos profissionais que oferecem<br />

esse atendimento, em uma equipe multi e interdisciplinar. Muito se tem falado da importância<br />

dos fatores externos ao processo de identificação, tais como recursos físicos<br />

e materiais utilizados, instrumentos de avaliação selecionados, metodologias de<br />

trabalho e referenciais teóricos adotados, dentre outros, mas pouca valorização tem<br />

sido dada aos próprios profissionais imersos nessa ação. Em estudo anterior, enfati-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!