VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
33<br />
tural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa<br />
cultura”. Para definir o que são estas inteligências, Gardner (1994a, 2000) colocou<br />
alguns critérios básicos para estabelecer que uma faculdade pudesse ser denominada<br />
"inteligência”. Tais critérios estão agrupados por suas raízes disciplinares e são<br />
assim distribuídos:<br />
Das ciências biológicas: o potencial de isolamento de lesão cerebral e a<br />
história e plausibilidade evolucionária;<br />
Da análise lógica: as operações ou conjunto de operações nucleares identificáveis<br />
e a suscetibilidade à codificação num sistema de símbolos;<br />
Da psicologia do desenvolvimento: a história de desenvolvimento distinta,<br />
juntamente com um conjunto definível de desempenhos acabados e [...] a existência<br />
de sábios idiotas, prodígios e outras pessoas excepcionais” (GARDNER,<br />
2000. p.53); e<br />
Da pesquisa em psicologia tradicional: o apoio das tarefas psicológicas<br />
experimentais e das descobertas psicométricas.<br />
Ressaltando os diferentes significados que as inteligências podem ter em cada<br />
cultura, Gardner (1994a, p. 229) destaca a importância de que elas sejam entendidas<br />
e desenvolvidas “[...] apenas na medida em que partilham estes significados,<br />
que capacitam o indivíduo a tornar-se um membro funcional, utilizador de símbolos<br />
de sua comunidade”. Para o autor, sempre existe uma dialética em funcionamento<br />
entre “[...] os papéis e as funções valorizadas em uma cultura, por um lado, e as habilidades<br />
intelectuais individuais possuídas por seus habitantes de outro” (GARDNER,<br />
1994a, p. 245). Com este pensamento, é destacada a importância e a responsabilidade<br />
dos sistemas simbólicos na relação entre inteligência e cultura, e na evolução<br />
das inteligências cruas para os estados finais.<br />
Uma inteligência, no curso “normal” de seu desenvolvimento, além de possuir<br />
seu sistema próprio de símbolos representados de diferentes formas, também se entrelaça,<br />
progressivamente, com várias outras funções e sistemas simbólicos, além<br />
de ser alvo das influências da cultura em que está inserida. A concepção modular<br />
proposta por Gardner (2000, p. 47) pretende “[...] uma expansão do termo inteligência<br />
de modo a abranger muitas capacidades que eram consideradas fora do seu escopo”.<br />
Assim sendo, o autor propõe a existência de oito inteligências e reconhece