VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
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O atendimento a esta população, na FADERS, teve práticas singulares e diferentes<br />
equipes de trabalho, desde 1981. Neste período, foi desenvolvido o primeiro<br />
projeto de trabalho intitulado Projeto Experimental de Identificação e Atenção ao Superdotado.<br />
Este projeto destinava-se a identificar e atender os alunos de 1 a a 5 a séries<br />
de escolas públicas estaduais de Porto Alegre. A metodologia de identificação<br />
utilizada era a indicação pelos professores, dos alunos com habilidade acima da<br />
média e uma avaliação biopsicossocial, realizada pela a Equipe Itinerante Multidisciplinar,<br />
que se deslocava até as escolas. Depois de avaliado, encaminhava-se o aluno<br />
para atendimento em atividades complementares, de acordo com suas áreas de<br />
destaque, visando ao seu desenvolvimento global.<br />
Cabe destacar que, já naquele período, o atendimento não apresentava uma<br />
preocupação exclusiva com o desenvolvimento dos talentos observados, pois o foco<br />
principal desse atendimento estava centrado no desenvolvimento global do indivíduo<br />
e não somente no estímulo da área cognitiva em detrimento das demais.<br />
A equipe que desenvolvia esta atividade era composta por cinco profissionais:<br />
quatro professoras (com formação em Psicologia, Pedagogia e Serviço Social), cedidas<br />
pela Secretaria de Estadual de Educação, e uma neuropediatra, servidora da<br />
FADERS. Até o ano de 1986, com algumas poucas diferenças, o projeto se desenvolveu<br />
nestes moldes. De 1986 a 1989, o atendimento às altas habilidades/superdotação<br />
teve grande descontinuidade, em função de diferentes fatores políticos, legais<br />
e técnicos. Somente em novembro de 1994, foi instituída uma equipe de trabalho<br />
com servidores do quadro funcional da Fundação, sendo constituído, então, o Núcleo<br />
de Atendimento às Pessoas Portadoras de Altas Habilidades – NAPPAH -, que<br />
oferecia atendimento dentro da própria instituição e propunha um modelo de trabalho<br />
próprio e diferenciado dos demais oferecidos pela Fundação. Na Introdução da<br />
presente investigação, relatei as concepções filosóficas e técnicas que alicerçavam e<br />
alicerçam o atendimento do NAPPAH/CEDEPAH 13 , desde 1994. Tais concepções<br />
enfatizam, principalmente, uma visão de conjunto do sujeito com altas habilidades/superdotação<br />
e vêm se mantendo até o presente momento, apesar das modificações<br />
em sua operacionalização.<br />
Em concordância com a reformulação da FADERS, as competências do CE-<br />
DEPAH são exercidas em dois níveis: de macrossistema e de microssistema. As ati-<br />
13 Por força das reformulações propostas pela Lei 11.666 (RIO GRANDE DO SUL, 2001a), a FADERS elaborou um novo Regimento<br />
e institui o atendimento às altas habilidades/superdotação através de um Centro, e não mais por um Núcleo. Dessa<br />
forma, em 2003, o serviço recebeu nova nomenclatura, continuando, porém, com a mesma estrutura física, material, técnicoadministrativa<br />
e de recursos humanos.