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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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Em trabalho anterior, procurei discutir esta concepção salientando que as áreas<br />

de destaque apresentadas por estes indivíduos devem ser percebidas como parte<br />

constitutiva e não como “elementos centrais” da vida desses sujeitos (COSTA; VIEIRA,<br />

1999). As idéias de que todas as áreas são importantes e que nenhuma delas deve<br />

ser mais valorizada que a outra são fundamentais para o desenvolvimento afetivo<br />

das pessoas com altas habilidades/superdotação.<br />

Considerando estes pressupostos, é possível questionar quais procedimentos<br />

adotar para que este indivíduo possa ser reconhecido e compreendido em sua totalidade.<br />

Como identificá-lo? Quais programas de atendimento devem ser propostos,<br />

de forma que estejam consonantes com seu perfil multidimensional?<br />

Tem-se conhecimento que os procedimentos utilizados usualmente para o reconhecimento<br />

dos sujeitos com altas habilidades/superdotação não contemplam a<br />

totalidade de suas potencialidades. Os testes psicológicos de inteligência verificam<br />

áreas valorizadas pelo sistema acadêmico, sem, no entanto, investigar áreas como o<br />

destaque no uso do corpo, na criatividade, nas expressões artísticas, na música,<br />

dentre outras.<br />

Tampouco o reconhecimento feito através do preenchimento de listas de indicadores<br />

pelos pais, professores e colegas contempla a totalidade das áreas, por serem<br />

listas que apresentam características, comportamentos e traços atribuídos aos<br />

sujeitos com altas habilidades/superdotação e que, segundo Freeman e Guenther<br />

(2000), podem variar de acordo com os valores socioculturais e sofrer interferência<br />

dos valores afetivos e do grau de relação existente entre o avaliador e o sujeito avaliado.<br />

Pesquisadores como Renzulli et al (2001), Freeman e Guenther (2000), Gardner,<br />

Feldman e Krechevsky (2001a) são unânimes em afirmar que a identificação<br />

deve ser feita através de um conjunto de procedimentos que possibilitem uma visão<br />

integral deste sujeito. Os referidos autores também valorizam a idéia da utilização de<br />

múltiplos critérios, considerando-se informações obtidas de diferentes fontes. Nesse<br />

sentido, podem-se observar, na literatura, processos de identificação que contemplam<br />

tanto a auto-informação ou o auto-reconhecimento, quanto os dados oferecidos<br />

pelos familiares, amigos e professores. Gerson e Carracedo (1996, p.49), entretanto,<br />

salientam que o “[...] melhor procedimento para detectar a criança superdotada é obtem<br />

como competências o atendimento direto, a capacitação e a pesquisa na área, assegurando, desta forma, o estabelecimento<br />

dos mecanismos e instrumentos legais e operacionais que garantam o pleno exercício dos direitos básicos destas pessoas.

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