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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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ensão mais global da prática educativa, dentro de uma visão sistêmica, bem<br />

como reconhecer que as relações ali estabelecidas são extremamente complexas,<br />

porque envolvem processos afetivos que fogem ao domínio do<br />

consciente e que interferem na ligação com o aluno e na sua aprendizagem<br />

(VIEIRA, 1999, p. 165).<br />

Mahoney (2003, 1998) enfatiza a complexidade das relações entre a formação<br />

da identidade, a realização e a auto-estima nestes sujeitos. Para o autor, é necessária<br />

a conscientização e a conseqüente mobilização da comunidade em prol da criação<br />

de sistemas que dêem cobertura a estas complexas necessidades. Porém, este<br />

processo passa por uma identificação desta comunidade - do “outro” - com algumas<br />

capacidades observadas nos sujeitos com altas habilidades/superdotação, tornando<br />

o que era desconhecido, conhecido. Reafirmando estas palavras, é interessante<br />

destacar que, especialmente no caso de Vitória, houve evidências claras de que,<br />

somente após o reconhecimento de algumas habilidades em si própria - as quais<br />

não foram valorizadas -, foi possível para uma das Diretoras da escola da menina<br />

entender e aceitar, através de uma atitude mais flexível, a complexidade das altas<br />

habilidades/ superdotação.<br />

Em outro estudo, saliento a importância de que o(a) professor(a) entre em contato<br />

com sua realidade como sujeito e que ele(ela) “[...] carrega em sua pasta sua<br />

história pessoal, seus sentimentos, suas dificuldades e seus potenciais” (VIEIRA,<br />

2004, p.149). Por outro lado, destaco que as professoras que trabalham na Educação<br />

Especial elegeram esta modalidade de ensino como sua escolha profissional, o<br />

que implica trabalhar com sujeitos “diferentes”. Do seu cotidiano deve fazer parte<br />

pensar nas singularidades de seus alunos e buscar metodologias de trabalho que<br />

favoreçam suas aprendizagens. Já as professoras que estão na Educação Básica e<br />

recebem alunos com necessidades educacionais especiais, em particular o aluno<br />

com altas habilidades/superdotação, não têm esta oportunidade, pois elas escolheram<br />

e devem estar preparadas para trabalhar com o aluno “normal”. Como o aluno<br />

com altas habilidades/superdotação está regularmente matriculado no ensino regular,<br />

ele pode ser considerado “[...] um presente de grego para elas, que não têm a<br />

preparação e nem as informações necessárias para atender estes alunos” (VIEIRA,<br />

2004, p.149) (Grifos da autora).

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