VIAGEM A âMOJAVE-ÃKI!â - Faders
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rado no desenvolvimento dos processos de pensamento e a aquisição, armazenamento<br />
e recuperação das informações”.<br />
A superdotação produtivo-criativa tem um perfil um pouco diferente, pois esses<br />
sujeitos, segundo Perez (2000), usam mais o pensamento divergente, destacam-se<br />
por seus questionamentos, imaginação e criatividade. Para Renzulli (1999),<br />
tais pessoas têm altos e baixos no seu rendimento. Os períodos de baixo rendimento<br />
são tão necessários quanto os picos, pois são eles que permitem a reflexão, a recuperação<br />
e a acumulação das informações para novas experiências.<br />
Muito embora os perfis sejam apresentados separadamente, com finalidade didática,<br />
cabe ressaltar que, nos estudos atuais sobre as altas habilidades/superdotação,<br />
segundo Costa, Sánchez e Martínez (1997), não se considera o indivíduo superdotado<br />
pela soma de uma série de qualidades que ele apresenta em seu comportamento,<br />
mas sim pela forma sistêmica como estas qualidades interagem entre<br />
si e com seu ambiente.<br />
1.1.4 A aposta no interparadigmatismo: Renzulli e Gardner<br />
Nesta seção, analiso os pontos comuns entre a concepção de inteligência, a<br />
partir da Teoria das Inteligências Múltiplas, e a concepção de sujeito com altas habilidades/superdotação<br />
contida na Teoria dos Três Anéis. Meu propósito com esta a-<br />
nálise é trazer uma contribuição integradora das duas teorias para a identificação<br />
destes sujeitos.<br />
No conceito de altas habilidades/superdotação subjaz uma estreita ligação com<br />
uma concepção de inteligência. Além disto, a prática representada pelos procedimentos<br />
de identificação e programas de atendimento oferecidos para esses sujeitos<br />
deve ser coerente com estas concepções teóricas. Considerando a importância destas<br />
duas idéias e o suporte teórico até aqui apresentado cabe perguntar: Existe relação<br />
entre a Teoria das Inteligências Múltiplas e a Teoria dos Três Anéis? Como esta<br />
relação pode ser explicada? Ao buscar as respostas para estas questões pretendo<br />
analisar as características comuns às duas teorias e demonstrar não somente que<br />
elas se enriquecem mutuamente, mas também oferecem subsídios importantes para<br />
a elaboração de uma proposta de identificação dos sujeitos com altas habilidades/superdotação,<br />
principalmente daqueles na fase pré-escolar.