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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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rental é representada nas ações em que o casal se abraça e, em seguida, ficam sentados<br />

no sofá, juntos no mesmo cômodo.<br />

Ao mesmo tempo, sua própria identificação com a figura feminina e, posteriormente,<br />

com o boneco que representa o avô, mas que foi por ele delegado como a<br />

“mamãe”, mostra a importância que a figura materna ainda representa em sua vida.<br />

Nesse sentido, cabe ainda destacar que os cabelos da mãe de Geraldo são grisalhos,<br />

o que poderia contribuir significativamente para essa associação.<br />

Pela análise da dimensão verbal, observa-se que Geraldo oscila entre elaborar<br />

um enredo para sua história e nomear os elementos que compõem esta história:<br />

“...tem bonecos, ...tem sofá, ...tem filha”. A história parece desenvolver-se dentro de<br />

uma casa onde pai e mãe se tratam com carinho. Geraldo, ao dizer que “Tem alguém<br />

na janela”, transmite um significado de perigo eminente. Então, o pai, como figura<br />

forte e protetora, tem a missão de verificar o que está acontecendo. Este papel<br />

importante do pai também aparece na relação com a filha, pois, apesar de não poder<br />

resolver o que a filha lhe apresentou – “Não sei filha...” -, é a ele que a filha busca,<br />

nesta situação.<br />

Das três crianças, Paulo é quem demonstra domínio significativo da linguagem.<br />

O menino é muito falante, em determinados momentos realizava jogos com as palavras,<br />

brincando com seus sons e rimas, o que era imitado por Geraldo. Também foi<br />

percebida em Paulo a modulação na voz, de acordo com os personagens que compunham<br />

seu jogo simbólico. Vitória, por sua vez, foi a que menos participou das atividades<br />

usando a expressão verbal. Era quieta, retraída e pouco participativa nas a-<br />

tividades com os outros componentes do grupo, principalmente nas verbalizações.<br />

Tanto Paulo quanto Vitória já estavam alfabetizados e ambos gostavam muito<br />

de ler. Desde muito cedo, a leitura faz parte da realidade da criança, pois os estímulos<br />

visuais que incentivam à leitura estão presentes em sua vida através dos livros,<br />

das revistas, dos outdoors ou da televisão. Pode-se observar que a criança apresenta,<br />

desde muito cedo, condutas imitativas de "atos de leitura" como pegar um livro ou<br />

jornal, folhear revistas ou livros, dentre outros. Tais condutas, segundo Ferreiro e<br />

Teberosky (1985, p. 64), podem ser interpretadas como indicativas de que “[...] o texto<br />

é visto como portador de algum conteúdo [que] sugere algo”.<br />

A leitura precoce tem sido considerada um dos indicadores das altas habilidades/superdotação<br />

em crianças na fase pré-escolar. Porém, é importante salientar

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