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VIAGEM A “MOJAVE-ÓKI!” - Faders

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A segunda definição, apresentada nas Diretrizes Gerais para o Atendimento<br />

Educacional aos Alunos Portadores de Altas Habilidades, Superdotação e Talentosos<br />

(BRASIL, 1995), apresenta dois aspectos que podem ser reconhecidos como positivos:<br />

o primeiro deles é a proposição de uma concepção que valoriza os aspectos<br />

qualitativos do comportamento do sujeito, ainda que evidencie a questão da competência<br />

ao comparar a pessoa com altas habilidades/superdotação com uma média.<br />

O segundo aspecto positivo é sua abrangência, pois entendo que a definição posterior<br />

é mais ampla que a anterior e não se restringe aos ambientes escolares.<br />

Weschler (1998) aponta duas críticas que são feitas às definições propostas<br />

pelo MEC/SEESP: a primeira é a não valorização, nessa definição, dos fatores de<br />

personalidade e motivação e a segunda é a separação entre a habilidade intelectual<br />

e o pensamento criativo, pois, segundo a autora, “[...] estas habilidades podem permear<br />

ou estar subjacentes em qualquer das outras áreas de desempenho” (WESC-<br />

HLER. 1998, p. 162).<br />

Concordo com Mettrau e Almeida (1994), quando alegam dificuldades na escolha<br />

de uma definição de quem é a pessoa com altas habilidades/superdotação. Tais<br />

autores, além de salientar as diferentes concepções sobre este sujeito, também enfatizam<br />

que tais singularidades resultam em abrangências diferenciadas. Assim sendo,<br />

não existe um perfil único, nem uma definição única. Ao mesmo tempo, sua conceituação<br />

não deve remeter, segundo Mettrau e Almeida (1994, p. 7), “[...] apenas<br />

para as capacidades e desempenhos no campo escolar, mas inclui as expressões<br />

artísticas, literárias, corporais, dentre outras”.<br />

Renzulli (2000) salienta que, independentemente da definição que se adote, é<br />

importante que haja uma estreita ligação entre esta e os procedimentos de identificação,<br />

assim como com os programas de atendimento desses sujeitos. Nas palavras<br />

do autor, “[...] uma definição de superdotação é uma declaração formal e explícita<br />

que eventualmente poderá tornar-se parte de políticas ou orientações oficiais” (REN-<br />

ZULLI, 1986, p.3).<br />

Portanto, o sujeito com altas habilidades/superdotação apresenta características<br />

próprias na sua interação com o mundo. Tais características podem ser representadas<br />

por uma forma peculiar de agir, questionar e organizar seus pensamentos<br />

e suas potencialidades. Mettrau e Almeida (1995, p. 70) consideram que este sujeito<br />

se destaca pela “[...] maneira original e criativa com a que resolve um problema ou<br />

situação, seja acadêmica, prática ou social”.

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