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A representação feminina nos lendários gaúcho e quebequense

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essenciais para a construção da identidade das mulheres que habitavam ambas as regiões.<br />

Violência, proibições, punições, regras e normas preestabelecidas: tudo isso é o que queremos<br />

explicar tomando a personagem <strong>feminina</strong> representada sob a forma de bruxa, má, vítima ou<br />

assassina cruel. Buscaremos apoio, para tanto, nas teorias de gênero e oralidade que auxiliarão a<br />

comprovar <strong>nos</strong>sas idéias e afirmações.<br />

Nosso trabalho divide-se em cinco capítulos. No capítulo 1, intitulado “A Salamanca<br />

do Jarau e La Corriveau: apresentação”, procuraremos dar um panorama geral acerca das duas<br />

narrativas. Na primeira, falaremos sobre as personagens principais (Teiniaguá, Blau Nunes e<br />

Santão), procurando justificar <strong>nos</strong>so interesse pelo estudo da <strong>representação</strong> <strong>feminina</strong>.<br />

Igualmente, introduziremos a personagem histórica Corriveau, transformada depois de sua<br />

morte em <strong>representação</strong> lendária. Serão apresentadas, como citamos acima, as versões de<br />

William Kirby e Phelipe Aubert de Gaspé Pai, pela importância histórica que têm.<br />

No capítulo 2, “Mito e cultura oral”, teceremos algumas considerações sobre esses<br />

dois conceitos. Procuraremos definir o que é mito, o que é cultura oral e como esses dois<br />

conceitos, aliados aos de dialogismo, polifonia e voz, estão incrustados na tradição oral e<br />

podem justificar <strong>nos</strong>so estudo.<br />

Como forma de enriquecer <strong>nos</strong>so estudo, abordaremos no capítulo 3 as questões de<br />

“Gênero e <strong>representação</strong> cultural”. Procuraremos entender o conceito de gênero e traçar um<br />

pequeno paralelo histórico da mulher, dos tempos bíblicos aos dias atuais.<br />

O capítulo 4, intitulado “Teiniaguá e/ou as peripécias de uma figura <strong>feminina</strong> na<br />

literatura oral”, procedemos à análise propriamente dita desta <strong>representação</strong>. Estudaremos seu<br />

surgimento, sua relação com o Santão, e todas as relações políticas, sociais e religiosas que o<br />

envolvimento do par central da narrativa – Santão versus Teiniaguá – implica.<br />

Finalmente, o capítulo 5, “A figura <strong>feminina</strong> e o estereótipo da maldade: o exemplo de<br />

‘La Corriveau’”, procurará ser uma apresentação da Corriveau como personagem histórica,<br />

mas também uma apresentação dela como figura lendária. O capítulo pretende ser um<br />

questionamento acerca da maldade atribuída à Corriveau. Questionaremos se ela era<br />

realmente má ou se essa maldade estaria atrelada às normatizações sociais e políticas da<br />

sociedade patriarcal da época.<br />

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