TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS
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Exemplo 5<br />
“Nunca confie em um computador que você não pode jogar pela janela”, disse Steve Wozniak,<br />
cofundador da Apple, talvez logo após um momento de fúria com uma máquina. Mas o ditado,<br />
que possui tom anedótico, ganha ares sinistros quando é a máquina que tem capacidade de<br />
jogar o humano pela janela.<br />
É essa possibilidade que Nick Bostrom, filósofo e professor da Universidade de Oxford, explora no<br />
livro Superintelligence: Paths, Dangers, Strategies (Superinteligência: Caminhos, Perigos, Estratégias,<br />
ainda sem edição em português), lançado em setembro do ano passado.<br />
Na obra, o estudioso sueco argumenta que é questão de tempo até que nós, humanos, criemos<br />
computadores que superem nosso intelecto.<br />
Em um período de décadas, portanto, algumas máquinas terão capacidade intelectual superior à<br />
de humanos como Isaac Newton, Charles Darwin e Sigmund Freud. O desafio passa a ser não só<br />
controlar como surge essa superinteligência, mas também os caminhos pelos quais se desenvolve.<br />
(ARAGÃO, 2015)<br />
Quando a escala é orientada para a negação, usamos operadores como “nem”,<br />
“nem mesmo”.<br />
Exemplo 6<br />
Há um conflito e as partes não se reconhecem nem pedem mediação. Em lugar de reconhecer<br />
desigualdades de distribuição de renda e lidar com isso, se constrói o muro. A mensagem é:<br />
aqui não entra. Isso contribui para o ressentimento social e para o aumento do ódio, mal-estar.<br />
(DUNKER, 2015)<br />
Há, ainda, o operador “aliás”, que acrescenta um argumento decisivo de maneira<br />
sub-reptícia, como se não fosse necessário, para “dar o golpe final”, nos ensina Koch<br />
(1987, 1989, 1992).<br />
Exemplo 7<br />
Leida, onde Rembrandt nasceu, tem moinhos, museus e campo de tulipas.<br />
Uma Amsterdã tamanho P. E universitária. Nem o frio de 3° C inibe os estudantes da Universidade<br />
de Leida, a mais antiga do país, de 1575, de circularem de bicicleta.<br />
Aliás, no centro de Leida, a 40 km da capital holandesa, há mais bikes do que carros, que ficam<br />
estacionados na calçada devido à falta de espaço – o pedestre deve caminhar pelo meio da rua.<br />
(ALCANTARA; SILVA, 2015)<br />
TEXTO E ARGUMENTAÇÃO<br />
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