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TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS

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(continuação)<br />

e, para isso, tanto podia valer-se de cores e linhas, de uma figura inventada, quanto de outros<br />

elementos como papel colado, barbante, areia ou o que fosse. Realizar o quadro (a obra) não se<br />

limita a pintá-lo, mas fazê-lo. É nisso que Maria Tomaselli se aproxima dos cubistas: ela também<br />

“faz” o seu quadro; não apenas o pinta.<br />

(GULLAR, 2014b)<br />

Operadores de alternância<br />

Introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou opostas:<br />

ou, ou então, quer... quer, seja... seja etc.<br />

Exemplo 14<br />

Seja para os amantes da adrenalina, seja para os aficionados por parques ou para quem prefere<br />

se aventurar na pesca, a Flórida é o destino certo para te conquistar.<br />

(Informe publicitário. Folha de S. Paulo, 26 mar. 2015)<br />

2. Articuladores textuais<br />

Também chamados de operadores de discurso ou marcadores discursivos, os<br />

articuladores textuais são marcas responsáveis pelo encadeamento de segmentos<br />

textuais de diferentes níveis: períodos, parágrafos, sequências textuais ou partes<br />

inteiras do texto, segundo os estudos de Koch (1987, 1989, 1992, 2014). Esses elementos<br />

podem, portanto, assumir várias funções. Veremos algumas delas a seguir.<br />

Articular dois atos de fala em que o segundo toma o primeiro como tema com o fim<br />

de justificá-lo ou explicá-lo; contrapor-lhe ou adicionar-lhe argumentos; generalizar,<br />

especificar, concluir a partir dele; comprovar-lhe a veracidade; convocar o interlocutor<br />

à concordância etc.<br />

Assim sendo, são responsáveis pela orientação argumentativa dos enunciados que<br />

introduzem, como notamos nos exemplos a seguir.<br />

Exemplo 15<br />

Sabe quando duas pessoas estão brigando e aparece alguém no meio para apartar a confusão,<br />

pedindo para elas pararem de se agredir e tentando fazer que voltem a ser amigas? Ou quando<br />

duas pessoas que falam línguas diferentes não conseguem se entender e, mais uma vez, é preciso<br />

que alguém resolva a situação, conversando com cada uma delas em seus próprios idiomas?<br />

Pois é mais ou menos isso que faz um diplomata, só que não entre pessoas, mas entre países.<br />

(VÁRIOS AUTORES, 2007)<br />

<strong>TEXTOS</strong> <strong>DISSERTATIVO</strong>-<strong>ARGUMENTATIVOS</strong>: SUBSÍDIOS PARA QUALIFICAÇÃO DE AVALIADORES<br />

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