TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS
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a posição da Folha.”, destacamos: i) o uso das conjunções “seja... seja” e “porém”<br />
no encadeamento de enunciados; ii) o uso do pronome demonstrativo “essa” com a<br />
função de resumir e manter em foco o segmento textual entre aspas que o antecede.<br />
Na terceira parte, “Concordando ou não, siga a Folha, porque ela tem suas posições,<br />
mas sempre publica opiniões divergentes.”, notamos: i) o uso das conjunções “ou”,<br />
“porque” e “mas” no encadeamento de enunciados, indicando alternância, justificativa,<br />
oposição, respectivamente; ii) o uso do pronome pessoal na terceira pessoa do<br />
singular – “ela” – na retomada do referente Folha.<br />
Então, o que é coesão? Numa retomada dos estudos que realizou com Dressler, em<br />
1981, Beaugrande (1997) defende que a coesão é a maneira como, numa sequência,<br />
os elementos da superfície textual se encontram relacionados entre si através de<br />
marcas linguísticas.<br />
Ancorada no estudo desses autores, Koch (2004, p. 35) nos diz que<br />
a coesão é a forma como os elementos linguísticos presentes na superfície textual se<br />
interligam, se interconectam, por meio de recursos também linguísticos, de modo a<br />
formar um tecido (tessitura), uma unidade de nível superior à da frase, que dela difere<br />
qualitativamente.<br />
Voltando ao exemplo 1, vimos que a conexão entre partes do texto pode acontecer<br />
de duas grandes formas:<br />
• por remissão a referentes do texto ou ancorados no texto, como<br />
discutiremos mais adiante (coesão referencial);<br />
• por sequenciação (coesão sequencial).<br />
2.1 A coesão referencial<br />
Nos momentos iniciais da linguística de texto, a coesão referencial era entendida como<br />
a forma pela qual podíamos remeter um elemento linguístico a outros elementos no<br />
interior do texto.<br />
A remissão podia ocorrer em um movimento retrospectivo (anafórico) ou em um<br />
movimento prospectivo (catafórico). De outro modo, a forma referencial com função<br />
coesiva podia remeter a um referente que lhe era anterior (no caso da anáfora), ou<br />
a um referente que lhe era subsequente (no caso da catáfora). Vamos aos exemplos.<br />
<strong>TEXTOS</strong> <strong>DISSERTATIVO</strong>-<strong>ARGUMENTATIVOS</strong>: SUBSÍDIOS PARA QUALIFICAÇÃO DE AVALIADORES<br />
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