2001 - Escola Superior do Ministério Público
2001 - Escola Superior do Ministério Público
2001 - Escola Superior do Ministério Público
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
82<br />
Revista Jurídica da ESMP - n.º 2<br />
O inciso IX previa que, ainda com culpa formada, ninguém seria<br />
conduzi<strong>do</strong> à prisão ou nela conserva<strong>do</strong> estan<strong>do</strong> já preso, se prestasse<br />
fiança idônea, nos casos em que a lei a admitisse; e em geral nos crimes<br />
que não tivessem maior pena <strong>do</strong> que a de seis meses de prisão, ou desterro<br />
para fora da comarca. Nesses casos, poderia o réu livrar-se solto.<br />
À exceção <strong>do</strong> flagrante delito, a prisão não poderia ser executada,<br />
era o que preconizava o inciso X, <strong>do</strong> art. 179, salvo por ordem escrita<br />
da autoridade legítima. Se a prisão fosse arbitrária, o juiz que deu a<br />
ordem e quem a tivesse requeri<strong>do</strong> seriam puni<strong>do</strong>s com as penas que a<br />
lei determinasse;<br />
O que ficava disposto acerca da prisão antes da culpa formada<br />
não compreendia as ordenança militares, nem mesmo o recrutamento<br />
<strong>do</strong> Exército; nem os casos que não eram puramente criminais, e em<br />
que a lei determinava todavia a prisão de alguma pessoa, por<br />
desobedecer aos manda<strong>do</strong>s da Justiça, ou não cumprisse alguma<br />
obrigação dentro de determina<strong>do</strong> prazo;<br />
As cadeias deveria ser limpas, seguras e bem arejadas, haven<strong>do</strong><br />
diversas casas para separação <strong>do</strong>s réus, conforme suas circunstâncias<br />
e natureza <strong>do</strong>s seus crimes, consoante inserto no inciso XXI, <strong>do</strong> art. 172;<br />
2) Constituição da República Federativa <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Brasil (24 de fevereiro de 1891).<br />
Havia previsão, no art. 72, parágrafo 13, de que, à exceção <strong>do</strong><br />
flagrante delito, a prisão não poderia executar-se, senão depois de<br />
pronúncia <strong>do</strong> indicia<strong>do</strong>, salvos os casos determina<strong>do</strong>s em lei, e mediante<br />
ordem escrita da autoridade competente;<br />
Ninguém seria conserva<strong>do</strong> em prisão sem culpa formada, salvas<br />
as exceções especificadas em lei, nem leva<strong>do</strong> à prisão ou nela deti<strong>do</strong>,<br />
se prestasse fiança idônea, nos casos em que a lei a admitisse. Era o<br />
que previa o parágrafo 14;<br />
Ficava abolida a pena de galés, consoante art. 72, parágrafo 20;<br />
O “habeas-corpus”, com assento no art. 72, parágrafo 22, ficava<br />
reserva<strong>do</strong> para casos em que o indivíduo sofresse ou se achasse na