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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Capítulo 21Diagnóstico e Des<strong>em</strong>penho Recente do Mais Saúde1 ApresentaçãoA análise do Programa Mais Saúde, também conhecido como PAC Saúde, exige rápida contextualizaçãode sua <strong>em</strong>ergência. Na esteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ede sua forte ênfase <strong>em</strong> infraestrutura, outras iniciativas seguiram-se com objetivo de cont<strong>em</strong>plarmais claramente a área social e beneficiá-la também com garantias de disponibilização de recursose proteção contra contingenciamentos. Dimensões constituintes do processo de desenvolvimento,com elevado potencial dinamizador da economia, as áreas de educação e saúde mereceramdestaque neste processo. Em abril de 2007, o Ministério da Educação (MEC) lançou oPlano de <strong>Desenvolvimento</strong> da Educação (PDE), também denominado PAC Educação.Em sua posse, ocorrida <strong>em</strong> 19 de março de 2007, o novo ministro da Saúde haviaindicado 22 pontos, que corresponderiam aos compromissos e às prioridades de sua gestão.Entre os pontos enunciados, alguns merec<strong>em</strong> destaque por representar esforço de incorporarà agenda governamental questões que, <strong>em</strong>bora presentes no plano conceitual há muitot<strong>em</strong>po, constituíam desafios para gestão das políticas públicas nacionais. O primeiro pontoa destacar refere-se à intersetorialidade. O caráter multideterminado das condições de saúdeexige intervenções concertadas. O ministro comprometeu-se a “adotar uma visão integradainterinstitucional, múltipla e interativa que aproxime os espaços da saúde, educação, esportes,cultura, saneamento, segurança, habitação com as políticas de inclusão social”. O segundoponto está associado a probl<strong>em</strong>a recorrente nas análises sobre sist<strong>em</strong>a público de saúde e agestão. O ministro anunciou sua intenção de “estabelecer novos modelos de gestão que garantamos princípios do Sist<strong>em</strong>a Único de Saúde (SUS), mas que permitam que as instituiçõesde saúde oper<strong>em</strong> <strong>em</strong> base de maior eficiência e qualidade”, apontando como alternativas“a recente regulamentação da Lei dos Consórcios e a proposta de adoção de um novo modelojurídico-institucional para a rede pública de hospitais” (TEMPORÃO, 2007). Finalmente,merece destaque a compreensão da saúde como política pública relevante para processo dedesenvolvimento, não apenas pelo pro<strong>em</strong>inente caráter social, mas também por sua dimensãoeconômica. Comprometeu-se <strong>em</strong>:(...) estabelecer uma estratégia nacional de desenvolvimento e inovação para o Complexo Produtivode Bens e Serviços de Saúde no país, pensando a saúde como um espaço de produção,desenvolvimento, criação de <strong>em</strong>pregos e de riqueza para a nação e como fator imprescindívelao desenvolvimento [e a] fortalecer o papel do Ministério da Saúde <strong>em</strong> relação à pesquisa, àinovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico, fortalecendo a recém concluída políticade gestão de tecnologias <strong>em</strong> saúde (TEMPORÃO, 2007).

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