<strong>Brasil</strong> <strong>em</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>: <strong>Estado</strong>, <strong>Planejamento</strong> e Políticas PúblicasCom a impl<strong>em</strong>entação do ProUni, <strong>em</strong> 2005, houve concessão de significativo número debolsas de estudos para estudantes das IES privadas. Conforme tabela 12, o número de bolsasconcedidas foi ampliado <strong>em</strong> quase 225%, no período 2005-2007, de modo que neste últimoano estas bolsas já correspondiam a 8,5% do total de matrículas nas IES privadas e as novasconcessões representavam 61,3% do acréscimo de matrículas <strong>em</strong> relação ao ano anterior.Observa-se na tabela 12 que o acréscimo de matrículas <strong>em</strong> 2007 foi aproximadamente 38%menor que o registrado no início do período sob análise. A tendência de queda da taxa de crescimentodas matrículas ao longo deste triênio é inequívoca: 9,2% <strong>em</strong> 2005; 6,3% no ano seguinte; e apenas5% <strong>em</strong> 2007. Isto ocorreu pelo fato de que o número de ingressantes não cresceu no mesmo ritmoque o de egressos, seja por meio de conclusão de curso, seja por evasão – definitiva ou t<strong>em</strong>porária.TABELA 12Matrículas, ingressos de novos alunos e bolsas do ProUni nas IES privadas – <strong>Brasil</strong>, 2005-20072005 2006 2007 Var. % 5 > 7Matrículas totais (a) 3.260.967 3.467.342 3.639.413 11,6Acréscimo sobre o ano anterior (b) 275.562 206.375 172.071 37,6Ingressos de novos alunos (c) 1.108.600 1.151.102 1.183.464 6,8Acréscimo anual (d) 92.732 42.502 32.362 65,1Bolsas do ProUni/estoque (e) 95.518 204.521 310.063 224,6Novas bolsas (f) 95.518 109.003 105.542 10,5(d/f) 97,1 39 30,7 68,4(f/b) 34,7 52,8 61,3 77(e/a) 2,9 5,9 8,5 190,9Fonte: INEP/MEC.Elaboração: Disoc/<strong>Ipea</strong>.2.3.2 Sobre as desigualdades de acesso à educação superiorNo intuito de checar se o ProUni v<strong>em</strong> atingindo os objetivos para os quais foi criado, serãoanalisadas as taxas de frequência à educação superior, tendo como variáveis renda e raça/cor.A tabela 13 apresenta as taxas de frequência à educação superior <strong>em</strong> instituições privadas,segundo três faixas de renda. As duas primeiras correspond<strong>em</strong> às faixas de renda elegíveis peloprograma, enquanto a terceira abrange todas que se situam acima do teto estabelecido.TABELA 13Taxas de frequência à educação superior <strong>em</strong> IES privadas, por faixa de renda – <strong>Brasil</strong>, 2002-20072002 2003 2004 2005 2006 2007(a) Até 1,5 SM 0,36 0,47 0,52 0,66 0,84 1,01 45,4 60,6 93,9(b) De 1,51 a 3 SMs 2,96 3,84 3,86 4,38 5,21 5,45 30,5 34,9 41,1(c) Acima de 3 SMs 7,22 7,89 7,55 7,86 8,49 7,68 4,6 12,5 1,7(a/b) 0,12 0,12 0,14 0,15 0,16 0,19 11,4 19,1 37,5(b/c) 0,41 0,49 0,51 0,56 0,61 0,71 24,8 20 38,7Fonte: Microdados da PNAD/IBGE.Elaboração: Núcleo de Gestão de Informações Sociais (Ninsoc)/Disoc/<strong>Ipea</strong>.Obs.: 1 A partir de 2004, a PNAD cobre toda área rural da região Norte.2SM a preços correntes de 2002 a 2007 são, respectivamente, R$ 200,00; R$ 240,00; R$ 260,00; R$ 300,00; R$ 350,00 e R$ 380,00.Var. %2 > 4Var. %4 > 6Var. %4 > 7630
Efetivação do Direito à Educação: inclusão e melhoria da qualidadeConsiderando-se que o ProUni foi implantado <strong>em</strong> 2005, definiu-se o ano de 2004 comobase de referência das análises. No período 2002-2004, houve crescimento de 45,4% na taxade frequência à educação superior de pessoas com renda familiar per capita de até 1,5 SM.No período 2004-2006, o aumento foi ainda maior – 60,6%. Tendência s<strong>em</strong>elhante foiobservada entre os que percebiam mais de 1,51 SM e menos de 3 SMs, ainda que <strong>em</strong> menorproporção. Portanto, para ambas as faixas de renda houve maiores aumentos das taxas defrequência no período de vigência do ProUni.Uma vez que as taxas de crescimento foram maiores na faixa de renda de até 1,5 SM,reduziu-se a diferença entre ambos os grupos de renda, com intensidade ligeiramente maiornos dois primeiros anos de vigência do ProUni. Análise dos dados da tabela 13 indica relaçãopositiva entre a implantação do ProUni e o aumento da taxa de frequência ao ensino superiorde pessoas com renda de até 3 SM.No que se refere à variável cor/raça do estudante, verifica-se na tabela 14 que oaumento foi maior entre os negros. Entretanto, o aumento da taxa de frequência da populaçãonegra foi maior no período 2002-2004, que antecedeu a implantação do ProUni,quando comparado a de período s<strong>em</strong>elhante e subsequente ao anterior – 2004-2006.Nos primeiros dois anos de vigência do programa, a taxa de frequência de negros cresceu54% a mais que a de brancos. Em que pese tal tendência ter-se mantido, e acentuado <strong>em</strong>2007, o aumento desta taxa foi significativamente menor que no período 2002-2004.Por sua vez, a taxa de frequência entre os brancos teve maior expansão nos primeiros doisanos de existência do ProUni.TABELA 14Taxas de frequência à educação superior <strong>em</strong> IES privadas, segundo cor/raça – <strong>Brasil</strong>, 2002-20072002 2003 2004 2005 2006 2007Branca (a) 2,40 2,68 2,59 2,80 3,12 3,27 8 20,5 26,3Negra (b) 0,67 0,84 0,97 1,08 1,28 1,38 44,6 31,6 42,1(b/a) 0,28 0,31 0,38 0,39 0,41 0,42 33,9 9,3 12,5Fonte: Microdados da PNAD/IBGE.Elaboração: Ninsoc/Disoc/<strong>Ipea</strong>.Obs.: 1 A partir de 2004, a PNAD cobre toda a área rural da região Norte.2Cor/raça negra abrange pardos e negros.Diante dessas constatações, caberia investigar se a redução do ritmo de crescimento dastaxas de frequência da população negra estaria associada à saturação da d<strong>em</strong>anda ou à insuficienteoferta de bolsas pelo ProUni.As tendências identificadas anteriormente são corroboradas mediante cruzamento dasvariáveis raça/cor e renda, cujos resultados são apresentados na tabela 15. De acordo com atabela 14, verifica-se que as taxas de crescimento da frequência a educação superior de brancose negros mantiveram-se <strong>em</strong> patamares s<strong>em</strong>elhantes. O que diferiu, no entanto, foram osperíodos de maior e menor aumento. Entre os brancos, o maior crescimento ocorreu a partirda implantação do ProUni, enquanto que o inverso foi verificado <strong>em</strong> relação aos negros.Var. %2 > 4Var. %4 > 6Var. %4 > 7631
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