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Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas - Ipea

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Avaliação do Programa Cultura, Educação e Cidadania – Cultura VivaO grupo também focalizou o probl<strong>em</strong>a da falta de capacitação para a gestão por partedos coordenadores dos Pontos de Cultura, as dificuldades na prestação de contas, as dificuldadespara planejar as atividades a ser<strong>em</strong> desenvolvidas – apesar da grande quantidade dereuniões e de discussões <strong>em</strong> grupo – e a falta de pessoal para desenvolver as ações.Outra questão de destaque foi a possibilidade de que o MinC converta-se apenas <strong>em</strong>repassador de recursos, já que as funções de coordenação, qualificação e acompanhamentode ações são frágeis. Dessa forma, surgiram críticas quanto à falta de estrutura do MinC,fenômeno admitido pela própria SPPC, e foram apontados probl<strong>em</strong>as e dificuldades de articulaçãodo MinC com os Pontos de Cultura.Ainda se chamou atenção para os riscos da descentralização que mantêm os probl<strong>em</strong>ase adiciona mediador no processo de transferência de recursos. A imag<strong>em</strong> do arquipélagofoi utilizada durante a realização do grupo focal para situar e sintetizar o programa: “faltampontes entre as ilhas – que são os próprios Pontos. Por isso, o impacto é local, localizado.”Sintetizam-se abaixo alguns dos resultados do grupo focal:• A descontinuidade dos repasses de verbas por parte do MinC é, inegavelmente,o que mais prejudica a atuação dos Pontos de Cultura, muitos deles, inclusive,viv<strong>em</strong> de forma sazonal <strong>em</strong> função desta realidade, o que interfere na ação e narealização de seu trabalho.• Foram recorrentes também o encontro de dados cadastrais desatualizados e a reclamaçãoquanto à dificuldade de orientação por parte do MinC nas questões gerenciaisdos Pontos.• Dada a heterogeneidade de configurações dos Pontos de Cultura e a diversidadesociocultural das comunidades com as quais interag<strong>em</strong>, seu formato interno deveriaser mais flexível.• A despeito do reconhecimento da necessidade de articulação com as secretariasestaduais e municipais, há grande t<strong>em</strong>or no que se refere às ingerências políticopartidárias,o que denota ceticismo <strong>em</strong> relação ao processo de descentralização doseditais para estados ou municipalidades. Além disso, a capacidade de acompanhamento,avaliação e processo de descentralização do MinC atualmente é vista comoinsuficiente para garantir autonomia, transparência e participação. Entende-se queonde houver mecanismos de participação e controle social, a regionalização poderáser um sucesso.• A impressão da maioria, depois do longo processo de pesquisa, é que o MinC não sepreparou institucionalmente para a complexidade do desafio, seus desdobramentos earticulações, <strong>em</strong> termos de pessoal, infraestrutura e fluxos técnicos e administrativos.• Quanto ao Teia, sua importância é inegável, mas seus efeitos e capacidade dearticulação são vistos como restritos e insuficientes, necessitando de ações maisregulares e contínuas.651

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